Palocci descarta intervenção do Banco Central no câmbio para segurar o dólar

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, descartou agora à noite a possibilidade de intervenção do Banco Central no câmbio e reafirmou a manutenção da política do câmbio flutuante: "Como as contas estão bem, não vejo motivos para preocupação. O Brasil está muito equilibrado", disse o ministro, durante a entrega do prêmio "O Carro do Ano" da revista Auto Esporte.

A cotação do dólar voltou a cair e a moeda norte-americana fechou o dia em baixa de 0,39% em relação ao real, atingindo a menor cotação desde junho de 2002: R$ 2,742 para a compra e R$ 2,744 para a avenda. O ministro da Fazenda também garantiu que não há pressões para que o Banco Central recomponha suas reservas. "Ele (o BC) vai definir o momento e a hora adequada para essa recomposição", disse Palocci.

Na avaliação do ministro, a queda do dólar é resultado da melhoria do cenário econômico brasileiro, o que tem provocado a valorização da moeda (real), e da mudança da relação entre as moedas no mundo. Palocci comentou também o excelente desempenho da indústria automotiva em 2004 e disse que é um setor com muita força na geração de empregos.