Congresso dos pepessistas aprova fusão com pedetistas

A Executiva Nacional do PPS aprovou nessa terça-feira um “protocolo de intenções” para a fusão do partido com o PDT, a fim de constituir uma força de oposição à bipolaridade existente hoje entre PT e PSDB. O documento prevê, dentre outros pontos, a realização de um seminário conjunto dos dois partidos no dia 10 de dezembro, no Rio de Janeiro. O documento foi aprovado por unanimidade pelos membros da Executiva Nacional do PPS.

O encontro definiu o início do entendimento para lançar um candidato à presidência em 2006. De acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa do Diretório Nacional, a fusão precisa ser discutida com cuidado, enquanto o governador Blairo Maggi ponderou que, ainda que unidas, as legendas dificilmente teriam condições lançar um nome nas eleições de 2006.

No documento, a direção do PPS ressalta que a aproximação entre PPS e PDT não pode se constituir num movimento apenas “tático”, de sobrevivência política. “Tendo como horizonte próximo as eleições de 2006, PPS e PDT devem desenvolver, desde logo, esforços para consolidar ações comuns em todos os níveis da Federação e incluir na pauta, inclusive, um amplo debate a respeito do seu rumo comum, examinando a possibilidade de, no limite, celebrar a fusão das legendas”, diz trecho do protocolo.

Em reunião na sexta-feira, o presidente do PDT, Carlos Lupi, anunciou que o lançamento de uma candidatura de oposição é o “objetivo final” da articulação com o PPS. “O povo brasileiro, de uma maneira clara, recusou a implantação de projetos hegemônicos de poder, rechaçando ambições unilaterais”, afirmou Lupi, em material divulgado pela assessoria.

Além do protocolo de intenções de aproximação com o PDT, o relacionamento com o Governo Lula foi ponto chave das discussões. De acordo com informações do site de notícias do PPS, o governador Blairo Maggi reclamou do tratamento dado pela “máquina do PT”.