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Politica Brasil
Quarta - 10 de Novembro de 2004 às 02:12
Por: Karoline Garcia

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Definido o sucessor de Roberto França (PPS) no Palácio Alencastro, as discussões agora giram entorno do próximo nome a ocupar o Palácio Paiaguás. O prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos (PFL) dá sinais de que deixará de apoiar o governo Maggi para se lançar na disputa em 2006. De acordo com o advogado e fundador do Partido da Frente Liberal (PFL), Pedro Lima, ontem pela manhã uma conversa com o prefeito Jaime Campos foi definitiva. “Não resta dúvidas de que ele é o nome forte do partido e que deverá disputar as eleições como candidato ao governo”, afirmou Pedro Lima.

Conforme explicou o advogado, a necessidade da sigla em lançar candidatura própria na majoritária em 2006 é uma exigência das bases do partido. “O PFL pagou um preço muito alto nestas eleições por não ter lançado mais nomes às prefeituras. Lançar uma candidatura de Jaime ao governo significará o renascimento do partido”, explicou Lima, também ex-deputado. Ele disse ainda que o PFL não pode deixar que aconteça o que vem ocorrendo com o PDMB, “a cada ano sua participação é menos expressiva”.

Segundo Pedro, o possível recuo de Jaime pode ocorrer caso o senador Jonas Pinheiro, que considera outro grande nome, se manifeste candidato ou, ainda, se Blairo Maggi se filiar à sigla. “A lógica é que Jonas não dispute já que ele ainda terá o mandado por mais quatro anos. Jaime, ao contrário, ficará sem mandado”, ponderou.

Em toda a matemática desenvolvida por Lima, a justificativa maior para a candidatura de Campos é que, em esfera nacional, o PFL articula a chapa com o PSBD lançando Geraldo Alckim (PSDB) e César Maia (PFL) como candidatos a presidente e vice, respectivamente, em 2006. Caso a verticalização se confirme, os pefelistas ficariam impedidos de compor com o PPS para a disputa estadual.

Nessa aliança estruturada pelos pefelistas, um nome surge para possível vice de Jaime, o tucano Nilson Leitão, reeleito prefeito de Sinop. “Ele é uma grande liderança e pode fazer muito também fora da sua região. São conversas preliminares, porém, não vamos aguardar as discussões sobre a verticalização para nos nortear”, avisou Pedro Lima.

O apoio do prefeito eleito Wilson Santos também é esperado. No entanto, considera-se que o grande desafio de Jaime será angariar eleitores na capital. Há um desgaste de Dante de Oliveira em Cuiabá e ele é a grande figura do PSDB, só que Santos conseguiu ultrapassar isso e teremos dois anos pela frente para que o eleitor entenda a aliança do PFL com o PSDB”, avaliou.

Ele acredita que as eleições municipais “trincaram o vínculo entre Blairo Maggi e o PFL”. A explicação é que faltou tato de Maggi na hora de escolher a quem dar seu apoio, tanto no primeiro quanto no segundo turno. “Ele teve uma péssima assessoria política e isso deixa marcas em um político”, considerou.

Procurado pela reportagem, o prefeito Jaime Campos disse que está à disposição do partido e agradeceu pela lembrança de seu nome. Segundo Campos, a intenção é de continuar na base do governo. “, porém, alegou que sendo um homem de partido, um político, está disposto a enfrentar as eleições de 2006, sim, pois não irá “desobedecer o partido”.

Pedro Lima, que se diz o porta voz de Campos, afirmou que os deputados José Riva e Hermínio J. Barreto se dispuseram a apoiar Jaime, inclusive se filiando ao PFL, assim que ele disser que realmente será o candidato da sigla.




Fonte: Diário de Cuiabá

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