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Politica Brasil
Terça - 06 de Novembro de 2012 às 16:05
Por: Mariana Oliveira

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As eleições de 2012 tiveram custo de R$ 395,27 milhões aos cofres públicos, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (6) pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia. Cada voto dos mais de 138,5 milhões de eleitores aptos custou R$ 2,81, informou o tribunal – 27% menos do que nas eleições de 2010 – que foi de R$ 3,86.

É o menor valor desde 1996, quando começou a ser implantado o voto eletrônico, diz a presidente do TSE. O valor foi divulgado a partir de 2000, quando o custo por eleitor foi de R$ 4,45. Na última eleição municipal, em 2008, o custo do voto por eleitor foi R$ 3,75.

Conforme o tribunal, o principal motivo para uma eleição mais barata foi a redução de 42% em relação a 2008 nos custos com o emprego das forças armadas. O valor empregado em 2012 foi de R$ 24,212 milhões.

No primeiro turno, 401 cidades tiveram reforço das tropas para a segurança e no segundo, dois municípios. Em relação a apoio logístico das Forças Armadas, para transporte de urnas, 76 cidades tiveram reforço no primeiro turno e duas cidades no segundo.

“Os tribunais regionais eleitorais (TREs) foram muito atentos e firmes no sentido de gastar o que era preciso gastar. Nós enxugamos onde pode haver a instituições de comitês com representantes da polícia estadual, civil e federal, e, com isso, os gastos com força federal diminuíram quase pela metade”, disse Cármen Lúcia.

Ainda segundo a presidente do TSE, gastos com alugueis de carros para transporte de urnas e biometria também influenciaram para um menor custo. “Os TREs planejaram de forma diferente e esse gasto foi menor. [...] A eleição é uma operação complicada, grandiosa e vamos avaliar para ver porque chegamos a esse dado [de redução de custo]. É dinheiro público gasto com o essencial, que é a democracia. Quanto mais se informatiza, a tendência é baixar [os custos]”, disse Cármen Lúcia.

Recursos de 2º turno
A presidente do TSE disse ainda que cerca de 2 mil processos sobre registro de candidaturas ainda aguardam para ser julgados. Ela afirmou crer que não será necessário convocar sessões extras e que já previsão de que tudo se conclua até a diplomação, em 19 de dezembro.

“Se tiver algum caso de delonga, vamos cuidar caso a caso, se já houve decisão, porque ai depende para aquele município, se é um caso que o TER se manifestou, o TSE já tenha decidido monocraticamente e seja embargo, vamos dar solução. Acho que há tempo hábil para que a gente consiga que os TREs possam fazer a diplomação com tranquilidade.”

Abstenções
Segundo o TSE, compareceram às urnas para escolher vereador e prefeito no primeiro turno 115,807 milhões de eleitores (84,59% do total). No segundo, 25,661 milhões foram às urnas (80,88%) escolher o candidato em 50 cidades que tiveram novo turno na disputa para prefeito.

Sobre os quase 20% de abstenções, a ministra afirmou ser “prematuro” fazer relação com o recadastramento eleitoral. “Acho que seria prematuro ter um dado. Agora é preciso analisar porque em alguns estados o índice foi maior do que em outros.” Ela apontou que entre os fatores podem estar fuso horário, comemoração do dia do servidor, entre outros.

Eleições nos EUA
A presidente do TSE preferiu não estabelecer comparações entre as eleições do Brasil e as eleições nos Estados Unidos, que ocorrem nesta terça (6).

“Tenho certeza de que o cidadão americano vai saber escolher o que for da conveniência deles. E, da nossa parte, todos os processos eleitorais democráticos são bons exemplos. [...] Mas o comentário sobre como é feito, cada povo escolhe, é o respeito à diferença de procedimentos adotados”, destacou Cármen Lúcia.

Ela citou que no primeiro turno das eleições foram feitos 197 milhões de acessos ao site do TSE vindos de 167 países. “O que significa que a eleição brasileira, o nosso modelo, a nossa formulação, é observada por todos os lugares do planeta.






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