Para Serys, Justiça é tendenciosa

O PT anunciou ontem que vai fazer oposição ao governo Wilson Santos na Câmara Municipal de Cuiabá. A decisão, segundo líderes da agremiação, está respaldada não no resultado das urnas, que o partido aceita e não discute mais, mas na forma como a conquista da vitória foi obtida.

Em entrevista coletiva, a senadora Serys Slhessarenko classificou a Justiça Eleitoral de tendenciosa, visto as sentenças a ações propostas sempre favoráveis ao candidato tucano. "Não foi uma disputa político-ideológica, foi uma disputa de baixo nível. Apelaram de forma desleal e desonesta. Queria dizer que a Justiça foi tendenciosa. Afirmo isso sem nenhuma preocupação", disse Serys.

Para a cúpula petista, um conjunto de ações favoráveis à candidatura tucana eram uma espécie de "senha" que tinham como aliados parte da imprensa cuiabana e o Poder Judiciário. Por isso a agremiação vai propor ações questionando a imparcialidade da Justiça Eleitoral no Estado, bem como vai manter todas aquelas em andamento.

Participaram da entrevista coletiva o candidato derrotado Alexandre Cesar (PT), o presidente do diretório municipal do PT, Jurandir Lara; a senadora Serys, o deputado federal Carlos Abicalil, os vereadores eleitos Valtenir Luiz Pereira, Lúdio Cabral e Domingos Sávio, além da vereadora Enelinda Scala e os deputados estaduais Vera Araújo e Ságuas Moraes.

"Apesar da derrota eleitoral, uma grande sensação de vitória do ponto de vista político. Nós, que saímos de um início de uma candidatura reconhecida como competitiva, quero agradecer à população e os mais de 47% dos eleitores que acreditaram no nosso projeto", disse Alexandre. Jurandir lembrou dos laços que unem partidos políticos, poderes constituídos e o crime organizado. "Ficou demonstrado que a Justiça de Mato Grosso tem lado. Ela não é imparcial, diante da grande estátua dos olhos vedados. Tem olho aberto do lado que ela quer". Abicalil fez ponderações de que o partido saiu fortalecido dessa eleição.