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Queda de oligarquias foi destaque das eleições, afirma professor de política
Comentando o declínio de velhas lideranças políticas regionais, a derrota de muitas oligarquias e o surgimento de outras lideranças no cenário pós-eleições 2004, o coordenador do Programa de Estudos Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), professor Geraldo Tadeu, explicou que o termo oligarquia é mais adequado para as regiões Norte e Nordeste, "onde as relações políticas seguem ainda um padrão muito tradicional, muito fundado na idéia do "coronel", principalmente no interior".
Segundo ele, que participou hoje de debate político promovido pela Rádio Nacional AM, de Brasília, nessas regiões a figura do "coronel" está sintetizada naquela pessoa que controla todos os serviços públicos na cidade e é o padrinho político do prefeito. "Ele controla as relações com o governo federal e também com o governo estadual", analisa, ressaltando que este cidadão "é sempre aquele personagem-chave que está, em geral, ligado a outro personagem-chave no governo estadual que, por sua vez, tem ligações com o governo federal". Na avaliação do professor, essa cadeia do chamado coronelismo ainda persiste em boa parte do interior do país.
"Quando falei das velhas oligarquias, me referi principalmente ao Gilberto Mestrinho e ao Amazonino Mendes, no estado do Amazonas, mas também a Antonio Carlos Magalhães, na Bahia, que, embora domine boa parte do estado de maneira bastante rígida, sofreu uma derrota muito significativa em Salvador" Tadeu lembrou que o senador José Sarney sofreu a segunda derrota consecutiva em São Luiz, capital do Maranhão. "Em Fortaleza, a Luizianne Lins (PT) venceu passando por cima de todas as lideranças, inclusive de Ciro Gomes e Tasso Jereissati", destacou o professor.
Tadeu também fez referência a São Paulo, onde frisou o "ocaso de Paulo Maluf", que não só foi reduzido a uma dimensão de 10% dos votos válidos no primeiro turno, mas sobretudo que, no segundo turno, ao apoiar Marta Suplicy, não conseguiu controlar e carrear os votos dos seus próprios eleitores para a ex-prefeita. "Então, isso mostrou que a sua força é bastante relativa. E ainda podíamos falar de Orestes Quércia, também em São Paulo, que teve uma participação ínfima nesse pleito".
Outro fato político de peso que deve ser analisado na opinião do professor é a derrota dos governadores Rosinha e Garotinho, no Rio de Janeiro; Luiz Henrique, em Santa Catarina; Roberto Requião, no Paraná; Paulo Souto, na Bahia; Welington Dias, no Piauí; Aécio Neves, em Belo Horizonte; e Blairo Maggi, no Mato Grosso. Tadeu lembrou que de todos os governadores só três elegeram seus candidatos nas capitais: Wilma de Farias, em Natal; Germano Rigotto, em Porto Alegre, e Geraldo Alkimim, em São Paulo.
Segundo ele, que participou hoje de debate político promovido pela Rádio Nacional AM, de Brasília, nessas regiões a figura do "coronel" está sintetizada naquela pessoa que controla todos os serviços públicos na cidade e é o padrinho político do prefeito. "Ele controla as relações com o governo federal e também com o governo estadual", analisa, ressaltando que este cidadão "é sempre aquele personagem-chave que está, em geral, ligado a outro personagem-chave no governo estadual que, por sua vez, tem ligações com o governo federal". Na avaliação do professor, essa cadeia do chamado coronelismo ainda persiste em boa parte do interior do país.
"Quando falei das velhas oligarquias, me referi principalmente ao Gilberto Mestrinho e ao Amazonino Mendes, no estado do Amazonas, mas também a Antonio Carlos Magalhães, na Bahia, que, embora domine boa parte do estado de maneira bastante rígida, sofreu uma derrota muito significativa em Salvador" Tadeu lembrou que o senador José Sarney sofreu a segunda derrota consecutiva em São Luiz, capital do Maranhão. "Em Fortaleza, a Luizianne Lins (PT) venceu passando por cima de todas as lideranças, inclusive de Ciro Gomes e Tasso Jereissati", destacou o professor.
Tadeu também fez referência a São Paulo, onde frisou o "ocaso de Paulo Maluf", que não só foi reduzido a uma dimensão de 10% dos votos válidos no primeiro turno, mas sobretudo que, no segundo turno, ao apoiar Marta Suplicy, não conseguiu controlar e carrear os votos dos seus próprios eleitores para a ex-prefeita. "Então, isso mostrou que a sua força é bastante relativa. E ainda podíamos falar de Orestes Quércia, também em São Paulo, que teve uma participação ínfima nesse pleito".
Outro fato político de peso que deve ser analisado na opinião do professor é a derrota dos governadores Rosinha e Garotinho, no Rio de Janeiro; Luiz Henrique, em Santa Catarina; Roberto Requião, no Paraná; Paulo Souto, na Bahia; Welington Dias, no Piauí; Aécio Neves, em Belo Horizonte; e Blairo Maggi, no Mato Grosso. Tadeu lembrou que de todos os governadores só três elegeram seus candidatos nas capitais: Wilma de Farias, em Natal; Germano Rigotto, em Porto Alegre, e Geraldo Alkimim, em São Paulo.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/368622/visualizar/
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