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Politica Brasil
Sábado - 30 de Outubro de 2004 às 07:17
Por: Mária Angelica Oliveira

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O atendimento de pacientes de 15 planos de saúde não será mais paralisado pelos médicos em Mato Grosso. Em assembléia realizada na quinta-feira no Conselho Regional de Medicina (CRM), a categoria decidiu aceitar a proposta do grupo União Nacional de Instituições de Auto-gestão (Unidas), que representa 14 convênios, e com o Grupo Executivo de Assistência Patronal (Geap), outra instituição de assistência.

A Unidas engloba planos como o Sesi Vida, MT Saúde, Basa, Cassi, Afemat, Sambemat e Eletronorte. Também já foi feito acordo com a Unimed, que engloba cerca de 70% do mercado de Cuiabá e Várzea Grande. Continuam sem definição os convênios Sul-America, Bradesco, Golden Cross, Amil e Blue Life.

Até que seja assinado o acordo, os médicos continuarão cobrando as consultas no valor de R$ 42 (estabelecido na CBHPM) dos pacientes e emitindo recibos para que esses sejam ressarcidos pelos planos. Segundo o Procon, se o médico já tiver se descredenciado do plano, a operadora não irá ressarcir o usuário. A previsão é de que a assinatura de novos contratos comece a ser feita a partir da próxima semana.

Na semana passada, em entrevista coletiva à imprensa, membros da Comissão Estadual de Honorários Médicos anunciaram o início do descredenciamento em virtude do impasse na adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).

A CBHPM foi elaborada durante dois anos e levantou os custos envolvidos em 5.400 consultas, exames e cirurgias. O procedimento mais barato é a realização de exames como hemograma, que devem custar cerca de R$ 8. O maior custo seria na realização de transplantes de pulmão e pâncreas, de cerca de R$ 2,1 mil. Em Mato Grosso, as negociações entre profissionais e operadoras começou há sete meses.

Para facilitar a implantação dos novos valores, as entidades médicas decidiram negociar dentro de uma margem de 20% para mais ou para menos dos valores das tabelas. A negociação dos profissionais com os planos que começam a ser descredenciados havia chegado em uma proposta 20% menor para consultas e honorários e 25% menor para o pagamento de exames.

O impasse havia surgido porque os médicos queriam que o deságio fosse reduzido a cada seis meses. Por exemplo, começar-se-ia pagando 20% abaixo do valor da consulta. No semestre seguinte, o valor pago seria 15% menor. Seis meses depois, 10% menor do que o previsto na CBHPM. Com o acordo, ficou decidido que o deságio ficará mantido até julho e somente a partir daí serão negociados novos valores.




Fonte: Diário de Cuiabá

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