Seminário vai discutir novas técnicas cirúrgicas para reconstrução dos ossos

O aumento da violência urbana e os altos índices de acidentes de trânsito, que deixam graves lesões ósseas nas vítimas, motivaram especialistas a trocar experiências e discutir novas técnicas microcirúrgicas para a reconstrução dos ossos. O 1º Simpósio Internacional de Reconstrução Óssea acontece na sede do Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), no centro do Rio de Janeiro, durante esta sexta-feira (29). Haverá debates e apresentação de modernos procedimentos adotados em casos de esmagamentos, tumores malignos, lesões por acidentes de trânsito e infecções graves nos ossos.

O chefe do Serviço de Microcirurgia do Into e organizador do simpósio, Pedro Bijos, explica que a demanda pela reconstrução óssea cresceu muito nos últimos anos. “Há algum tempo atendíamos pessoas baleadas por armas calibre 38 ou 45. Hoje, nos grandes centros, lidamos com vítimas de fuzis AR 15 e AK 47, que destroem o osso”, acrescentou. De acordo com Bijos, a microcirurgia utiliza ossos do próprio paciente, afastando o risco de rejeição.

O Into realiza este tipo de intervenção desde 1989 e é responsável por 56% das microcirurgias para reconstrução óssea em todo o Rio de Janeiro. Atualmente, para cada pessoa operada, oito aguardam na fila de espera.