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Politica Brasil
Quinta - 28 de Outubro de 2004 às 07:15
Por: Téo Meneses

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O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), defendeu ontem, em Cuiabá, que os Estados deixem de pagar as suas respectivas dívidas com a União. Durante entrevista concedida na Assembléia Legislativa, quando participou de evento para reforçar a campanha a prefeito de Wilson Santos (também do PSDB), ele afirmou que a região Centro-Oeste não precisa de favor algum do governo federal.

"Defendo há seis anos uma flexibilização em relação ao endividamento público dos Estados. Assinaria qualquer pretensão do governador Blairo Maggi (PPS) ou de algum outro no sentido de folgar as administrações. Já fizemos essas contas e chegamos à conclusão de que precisamos utilizar os recursos de um determinado período apenas em investimentos. Em dois anos, seria possível construir a infra-estrutura necessária", afirmou Perillo, ao comentar proposta de Maggi para que as unidades da federação decretem moratória de até dois anos.

Anualmente, segundo ele, Goiás destina R$ 500 milhões apenas para pagamento da sua dívida intra-limite. O Estado conta com orçamento geral de aproximadamente R$ 10 bilhões. Mato Grosso, que tem orçamento de aproximadamente R$ 5 bilhões, repassa 23% de sua receita à União.

Durante sua visita, Perillo defendeu ainda a recriação da Superintendência de Desenvolvimento da Região Centro-Oeste (Sudeco). Alegou que a demora do governo federal em aprovar a proposta prejudica os estados envolvidos. "Acho que tem demorado muito. Tenho dito que a nossa região não precisa de favor ou benesse alguma do governo. Só queremos ferramentas para produzirmos mais. Precisamos de infra-estrutura e logística, que seriam viabilizados através de um fundo regional", acrescentou.

Segundo Perillo, já existe uma comissão constituída no Congresso Nacional para examinar o projeto. "A expectativa é de que esse processo ocorra rápido e a Sudeco possa ser um instrumento importante para a região, tanto no financiamento da produção agrícola-industrial como para investimentos".




Fonte: A Gazeta

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