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Politica Brasil
Quarta - 27 de Outubro de 2004 às 08:49
Por: Daniel Pettengill

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Por questões burocráticas, os dois funcionários do ex-governador Júlio Campos, que tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça de São Paulo, não estão sendo procurados pela polícia mato-grossense.

A secretária Nauriá Alves de Oliveira e o segurança Delci Baleeiro Souza não aparecem em público há quase um mês, desde que foram classificados como "foragidos da Justiça". Mas poderiam circular livremente pelo Estado.

Se fossem abordados em barreiras policiais, provavelmente seriam liberados caso estivessem com os documentos dos veículos em dia.

Os mandados de prisão expedidos contra ambos chegaram via fax à Corregedoria da Polícia Civil do Estado. Foram postados no dia 6 deste mês pela polícia paulista, que no dia seguinte enviou uma equipe para Cuiabá, afim de cumpri-los.

"Esse documento não é oficial, não nos dá poder de sair em busca deles", afirma o corregedor em Mato Grosso, Almerindo Costa.

Ele argumenta que não foi "oficializado" formalmente para cumprir os mandados.

Para iniciar as buscas de Nauriá e Delci seria necessário que a Polícia Civil de Santos, responsável pelo inquérito, enviasse uma carta precatória à polícia de Mato Grosso, o que não ocorreu.

Segundo Costa, as autoridades locais deram apenas suporte técnico à diligência feita pelos policiais paulistas, cedendo as instalações para a inquirição de testemunhas.

"A competência é deles (polícia de São Paulo) e não de Mato Grosso para prendê-los", reforça o corregedor.

Há duas semanas a defesa de Nauriá e Delci desistiu de negociar a apresentação de ambos à polícia temendo que eles fossem presos.

Os dois funcionários, acusados de atuar como "testas de ferro" de Campos, tiveram seus nomes incluídos de forma suspeita no contrato social da empresa Agropastoril Cedro Bom, cujos donos foram assassinados. A prisão dos dois seria importante para as investigações, já que poderiam esclarecer sobre possível esquema.




Fonte: A Gazeta

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