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Julio Campos nega envolvimento em assassinatos de empresários
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e ex-governador de Mato Grosso Julio Campos negou hoje, em uma nota divulgada à imprensa, a participação no assassinato de um empresário no Guarujá e de um geólogo. Julio Campos é apontado por investigações da polícia paulista como o mentor intelectual dos crimes.
O empresário Antônio Ribeiro Filho e o geólogo húngaro Nicolau Ladislau Haraly, ambos assassinados, eram sócios da Agropastoril Cedro Bom. Com sede em Cuiabá, a empresa é proprietária de uma área com 87 mil hectares no município de Aripuanã — onde haveria jazidas de diamantes e turmalinas, entre outras pedras — e de outra com 11.700 hectares na cidade de Juína. Tamanha riqueza, segundo as investigações da polícia, teriam motivados os crimes.
Durante as investigações dos homicídios, a polícia descobriu que houve uma alteração no contrato social da Agropastoril Cedro Bom, figurando como novos titulares a secretária Nauriá Alves de Oliveira e o sargento da reserva da Polícia Militar do Mato Grosso, Delci Baleeiro Souza. Ambos possuem vínculos de subordinação com o ex-governador, o que levantou as suspeitas da Polícia.
Segundo o delegado seccional de Santos, João Jorge Guerra Cortez, em depoimento prestado na capital mato-grossense, o contador Carlos Almeida, dono de um escritório de contabilidade, revelou que recebeu determinação do ex-governador para alterar o contrato social da Agropastoril Cedro Bom.
A descoberta da falcatrua e a intenção das vítimas em denunciá-la teriam funcionado como um decreto da morte delas próprias. Em 20 de julho, no Morumbi, na Zona Sul da Capital, o geólogo foi assassinado na garagem de sua casa. O homicídio de Ribeiro ocorreu na manhã de 5 de agosto, quando ele passeava com o seu cão no calçadão da Praia das Pitangueiras, em Guarujá.
Confira a nota de esclarecimento de Julio Campos:
Chocado com as notícias veiculadas recentemente em jornais de circulação nacional com repercussão nos noticiosos desta Capital, referindo envolvimento de meu nome com crimes no Estado de São Paulo, cumpre-me o dever de esclarecer:
1 - Jamais pratiquei atos ofensivos às leis do meu país. Todos os negócios que mantive no passado são transparentes e abertos para o conhecimento de toda a comunidade.
2 - Desde minha nomeação para o nobre cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, transferi todos os meus negócios para familiares e funcionários que me assessoraram durante longos anos.
3 - Portanto, meus interesses atualmente estão restritos unicamente às minhas funções públicas.
4 - Construí minha biografia com atitudes corajosas e ações exemplares.
5 - Sempre assumi publicamente todas as adversidades da minha carreira política, respeitando os oponentes com lealdade. Por isso, a sociedade mato-grossense sabe que eu jamais praticaria atos delituosos. Pretender envolver meu nome com os crimes alardeados pela imprensa é ato de calúnia cometida pela torpeza de quem quer manchar a minha honra.
6 - Tenho formação religiosa e moral constituídas no tempo em que a palavra de um homem tinha o peso de toda uma vida. Reitero com convicção a palavra de que fui tomado de espanto pelas notícias veiculadas pela imprensa.
7 - Afirmo que jamais pratiquei qualquer ato ilegal que atentasse contra a integridade física e moral de qualquer pessoa.
8 - Basta olhar com atenção para o meu passado , tirar exemplos de compaixão e generosidade. Nunca de perfídia.
Agora entrego às competentes mãos de meus advogados e à imparcialidade da Justiça o julgamento de evento tão doloroso para mim e para minha família.
Peço a Deus que este caso seja esclarecido com rapidez e que os verdadeiros criminosos tenham reveladas as suas faces.
Cuiabá, 25 de outubro de 2004
O empresário Antônio Ribeiro Filho e o geólogo húngaro Nicolau Ladislau Haraly, ambos assassinados, eram sócios da Agropastoril Cedro Bom. Com sede em Cuiabá, a empresa é proprietária de uma área com 87 mil hectares no município de Aripuanã — onde haveria jazidas de diamantes e turmalinas, entre outras pedras — e de outra com 11.700 hectares na cidade de Juína. Tamanha riqueza, segundo as investigações da polícia, teriam motivados os crimes.
Durante as investigações dos homicídios, a polícia descobriu que houve uma alteração no contrato social da Agropastoril Cedro Bom, figurando como novos titulares a secretária Nauriá Alves de Oliveira e o sargento da reserva da Polícia Militar do Mato Grosso, Delci Baleeiro Souza. Ambos possuem vínculos de subordinação com o ex-governador, o que levantou as suspeitas da Polícia.
Segundo o delegado seccional de Santos, João Jorge Guerra Cortez, em depoimento prestado na capital mato-grossense, o contador Carlos Almeida, dono de um escritório de contabilidade, revelou que recebeu determinação do ex-governador para alterar o contrato social da Agropastoril Cedro Bom.
A descoberta da falcatrua e a intenção das vítimas em denunciá-la teriam funcionado como um decreto da morte delas próprias. Em 20 de julho, no Morumbi, na Zona Sul da Capital, o geólogo foi assassinado na garagem de sua casa. O homicídio de Ribeiro ocorreu na manhã de 5 de agosto, quando ele passeava com o seu cão no calçadão da Praia das Pitangueiras, em Guarujá.
Confira a nota de esclarecimento de Julio Campos:
Chocado com as notícias veiculadas recentemente em jornais de circulação nacional com repercussão nos noticiosos desta Capital, referindo envolvimento de meu nome com crimes no Estado de São Paulo, cumpre-me o dever de esclarecer:
1 - Jamais pratiquei atos ofensivos às leis do meu país. Todos os negócios que mantive no passado são transparentes e abertos para o conhecimento de toda a comunidade.
2 - Desde minha nomeação para o nobre cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, transferi todos os meus negócios para familiares e funcionários que me assessoraram durante longos anos.
3 - Portanto, meus interesses atualmente estão restritos unicamente às minhas funções públicas.
4 - Construí minha biografia com atitudes corajosas e ações exemplares.
5 - Sempre assumi publicamente todas as adversidades da minha carreira política, respeitando os oponentes com lealdade. Por isso, a sociedade mato-grossense sabe que eu jamais praticaria atos delituosos. Pretender envolver meu nome com os crimes alardeados pela imprensa é ato de calúnia cometida pela torpeza de quem quer manchar a minha honra.
6 - Tenho formação religiosa e moral constituídas no tempo em que a palavra de um homem tinha o peso de toda uma vida. Reitero com convicção a palavra de que fui tomado de espanto pelas notícias veiculadas pela imprensa.
7 - Afirmo que jamais pratiquei qualquer ato ilegal que atentasse contra a integridade física e moral de qualquer pessoa.
8 - Basta olhar com atenção para o meu passado , tirar exemplos de compaixão e generosidade. Nunca de perfídia.
Agora entrego às competentes mãos de meus advogados e à imparcialidade da Justiça o julgamento de evento tão doloroso para mim e para minha família.
Peço a Deus que este caso seja esclarecido com rapidez e que os verdadeiros criminosos tenham reveladas as suas faces.
Cuiabá, 25 de outubro de 2004
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/370063/visualizar/
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