Sachetti promete cargos ao PSDB e exclui PMDB e PT

Adversários na eleição estadual de 2002, os tucanos devem compor a próxima administração do PPS em Rondonópolis (a 210 km ao Sul de Cuiabá). De acordo com o empresário e prefeito eleito Adilton Sachetti (PPS), todos os que apoiaram a sua candidatura também serão lembrados na composição do staff. O socialista foi eleito com 30.932 votos, 35,91% dos válidos.

Sachetti alega que, apesar das diferenças ideológicas, grande parte dos tucanos locais participaram da sua coligação, como o ex-governador Rogério Salles (PSDB). Os demais partidos que apóiam a atual administração de Percival Muniz (PPS) e lançaram candidatura a prefeito, por outro lado, perderão os respectivos cargos no Executivo.

"Sou novo na política, mas tenho como princípio retribuir o apoio de quem nos ajudou. Não posso esquecer quem esteve ao nosso lado. Da mesma forma, o PMDB, que teve candidato, terá os seus cargos devolvidos. Com o PT também vai ser da mesma forma", afirmou Sachetti, ao ressaltar que essa decisão abrangerá apenas os cargos comissionados no Executivo.

A Prefeitura de Rondonópolis conta com 12 secretarias e, de acordo com Adilton Sachetti, poderá continuar com alguns membros da atual gestão. As discussões estão sendo travadas com os aliados e ainda não há expectativa de data para anúncio do novo staff. "Somos sucessores e do mesmo partido do Percival Muniz, portanto, algumas pessoas poderão continuar nos cargos. Isso vai ser discutido com tranquilidade e levando-se em consideração também os critérios técnicos", completa. Ele frisa, no entanto, que o intuito é promover o que classifica como renovação.