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Cultura
Sexta - 22 de Outubro de 2004 às 16:20

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Recuperar, preservar, valorizar e divulgar o universo histórico-cultural do negro brasileiro. Esses são os objetivos do Museu Afro-Brasil, que será aberto amanhã (23) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O museu tem curadoria e coordenação do artista plástico baiano Emanoel Araújo e fica no Pavilhão Manoel da Nóbrega do Parque Ibirapuera. O espaço será aberto a apresentações de cinema, fotografia, música, dança e teatro, e oferecerá cursos, palestras e workshops.

De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, o museu nasce com o compromisso de resgatar a dívida da sociedade brasileira com o segmento negro e mestiço da população, reconhecer o valor de sua cultura, sua dignidade e seu lugar na sociedade, além de seu papel na construção de uma nova civilização. E pretende reler a história, a memória e a identidade brasileira, com base no ponto de vista da população negra.

As 1.100 obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, livros, vídeos e documentos, de artistas e autores brasileiros e estrangeiros, foram cedidas em comodato por Emanoel Araújo. Segundo a diretora do Departamento de Iconografia e Museus, Cristina Bruno, há muito tempo a Secretaria tinha a intenção de criar um museu como esse. "Isso só foi possível devido à experiência e aos 20 anos de pesquisa do Emanoel. É uma grande conquista", disse.

O acervo permanente do Museu Afro-Brasil compõe um programa de pesquisa que será base para a formação de um centro de referência, integrado ao museu. “Esse centro oferecerá documentos sobre o tema. Além dos objetos de arte, o acervo inclui documentos históricos e antropológicos ligados à experiência do negro no Brasil. São obras raras da literatura, política, ciência e manifestações populares”. No local, computadores darão acesso à internet e a documentos digitalizados.

O espaço de 7 mil metros quadrados, distribuído em três andares, deverá receber cerca de 30 mil pessoas por mês, de acordo com a estimativa da Secretaria. Já estão programadas exposições a partir de novembro, com o objetivo de promover o intercâmbio entre artistas negros da África, das Américas e do Brasil.

O projeto é resultado de parcerias com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, Ministério da Cultura, Petrobras (patrocínio), Instituto Florestan Fernandes e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.




Fonte: Agência Brasil

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