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Brasil utiliza mais recursos naturais do que tem, diz ONG
O Brasil utiliza mais recursos naturais do que tem, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira pelo grupo ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF).
No país, estariam sendo usados 2,2 hectares de terra por pessoa, contra o que a ONG considera como ideal, 1,8 hectare por pessoa.
O dado brasileiro segue a tendência mundial, mas o Brasil também é criticado especificamente por causa da expansão exagerada do cultivo de soja, que aumentou até 60 vezes de 1961 a 2001.
A ONG diz que o avanço da cultura da soja contribuiu para a destruição florestal, principalmente no Cerrado.
Em 1961, 240 mil hectares eram usados para a produção de soja. Em 2001, esse número chegava a 14 milhões de hectares.
'Pegada Ecológica'
Os dados fazem parte de um estudo da WWF que tem como objetivo elaborar o que a organização chama de Ecological Footprint ou Pegada Ecológica.
Esse método estima a quantidade de terra necessária para prover a cada pessoa recursos como comida, energia, transporte ou roupas, assim como a capacidade de o ambiente absorver o lixo e a poluição que cada pessoa produz.
O relatório afirma que a humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que a Terra tem capacidade de oferecer.
"Nós estamos mantendo um déficit ecológico que não seremos capazes de pagar a não ser que os governos restaurem o equilíbrio entre o que consumimos e a habilidade da Terra de renová-los", afirmou Claude Martin, diretor da WWF.
No relatório, a WWF mostra que a Pegada Ecológica - ou o impacto da humanidade na Terra - aumentou em 160% desde 1961. Em 2001, a média da 'pegada' global foi de 2,2 hectares por pessoa, enquanto que o disponível atualmente é de apenas 1,8 hectares de terra por pessoa.
Quem consome mais
O número de hectares de terra disponíveis atualmente na Terra é calculado ao dividir os 11,3 bilhões de hectares de terra produtiva e espaço marítimo entre os 6,1 bilhões de habitantes do planeta.
O Brasil também está usando mais recursos do que dispõe. A Pegada Ecológica brasileira acompanha a tendência mundial, de 2,2 hectares de terra por pessoa e, portanto, acima do montante desejável.
No quadro geral, o Brasil ocupa a 60º posição no ranking de 149 países considerados para o estudo. A posição piora quando o uso de recursos naturais relacionados à produção de alimentos, fibras e madeira é avaliado, com o Brasil ficando com a 27º posição.
Apesar de estar acima do nível desejável, a Pegada Ecológica registrada no Brasil está bem abaixo da registrada na América do Norte, por exemplo.
Os norte-americanos tem uma pegada ecológica de 9,2 hectares por pessoa, o dobro do consumido pelos europeus e sete vezes mais do que a média registrada na Ásia e na África.
Combustível
Segundo o grupo ambientalista, os dados mais alarmantes são encontrados quando o uso de combustíveis fósseis - gás, carvão e petróleo - é analisado.
A Pegada Ecológica no setor de energia é que cresce mais rapidamente. Entre 1961 e 2001, o aumento foi de quase 700%.
A WWF afirma que o uso excessivo desses recursos está colocando toda a humanidade sob a ameaça da mudança climática.
O relatório também mostra que populações de espécies terrestres e marinhas caíram em 30% de 1970 a 2000, enquanto que as populações de espécies que vivem em água doce caíram em 50%.
O dado brasileiro segue a tendência mundial, mas o Brasil também é criticado especificamente por causa da expansão exagerada do cultivo de soja, que aumentou até 60 vezes de 1961 a 2001.
A ONG diz que o avanço da cultura da soja contribuiu para a destruição florestal, principalmente no Cerrado.
Em 1961, 240 mil hectares eram usados para a produção de soja. Em 2001, esse número chegava a 14 milhões de hectares.
'Pegada Ecológica'
Os dados fazem parte de um estudo da WWF que tem como objetivo elaborar o que a organização chama de Ecological Footprint ou Pegada Ecológica.
Esse método estima a quantidade de terra necessária para prover a cada pessoa recursos como comida, energia, transporte ou roupas, assim como a capacidade de o ambiente absorver o lixo e a poluição que cada pessoa produz.
O relatório afirma que a humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que a Terra tem capacidade de oferecer.
"Nós estamos mantendo um déficit ecológico que não seremos capazes de pagar a não ser que os governos restaurem o equilíbrio entre o que consumimos e a habilidade da Terra de renová-los", afirmou Claude Martin, diretor da WWF.
No relatório, a WWF mostra que a Pegada Ecológica - ou o impacto da humanidade na Terra - aumentou em 160% desde 1961. Em 2001, a média da 'pegada' global foi de 2,2 hectares por pessoa, enquanto que o disponível atualmente é de apenas 1,8 hectares de terra por pessoa.
Quem consome mais
O número de hectares de terra disponíveis atualmente na Terra é calculado ao dividir os 11,3 bilhões de hectares de terra produtiva e espaço marítimo entre os 6,1 bilhões de habitantes do planeta.
O Brasil também está usando mais recursos do que dispõe. A Pegada Ecológica brasileira acompanha a tendência mundial, de 2,2 hectares de terra por pessoa e, portanto, acima do montante desejável.
No quadro geral, o Brasil ocupa a 60º posição no ranking de 149 países considerados para o estudo. A posição piora quando o uso de recursos naturais relacionados à produção de alimentos, fibras e madeira é avaliado, com o Brasil ficando com a 27º posição.
Apesar de estar acima do nível desejável, a Pegada Ecológica registrada no Brasil está bem abaixo da registrada na América do Norte, por exemplo.
Os norte-americanos tem uma pegada ecológica de 9,2 hectares por pessoa, o dobro do consumido pelos europeus e sete vezes mais do que a média registrada na Ásia e na África.
Combustível
Segundo o grupo ambientalista, os dados mais alarmantes são encontrados quando o uso de combustíveis fósseis - gás, carvão e petróleo - é analisado.
A Pegada Ecológica no setor de energia é que cresce mais rapidamente. Entre 1961 e 2001, o aumento foi de quase 700%.
A WWF afirma que o uso excessivo desses recursos está colocando toda a humanidade sob a ameaça da mudança climática.
O relatório também mostra que populações de espécies terrestres e marinhas caíram em 30% de 1970 a 2000, enquanto que as populações de espécies que vivem em água doce caíram em 50%.
Fonte:
BBC Brasil
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