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Sábado - 03 de Novembro de 2012 às 10:16
Por: Ronaldo Couto

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Folhar Popular NX

Saiu a primeira cassação de vereador eleito dia 7 de outubro em Mato Grosso. O vereador reeleito de Nova Xavantina, João Bosco do Nascimento, Bosquinho (PP), foi cassado pelo juiz Gleidson Grisoste quinta-feira (1) que acatou a denúncia do promotor Milton Matos de captação ilícita de voto. O parlamentar que está no quinto mandato e iria para o sexto passou mal quando recebeu a notícia e está hospitalizado.

A equipe do Olhar Direto falou rapidamente por telefone com Bosquinho na manhã deste sábado (3). Ele disse que não quer falar sobre o assunto e que os seus advogados já recorreram da decisão e espera ser diplomado com os demais no início de dezembro.

De acordo com a denúncia, Bosquinho teria comparecido dia 06/09 na clínica Fêmina acompanhado do conselheiro tutelar Manoel Teodoro das Neves e entregou R$ 50,00 para obter o voto de Marli Morais Brito.

A eleitora em questão depôs contra o vereador reeleito. Segundo ela, ao chegar na clínica deparou-se com Bosquinho e o Manoel Teodoro. O conselheiro pediu que o vereador desse R$ 50,00 para Marli ajudá-lo na campanha. Ela conta que sabia que tal conduta era ilegal, mas estava precisando do dinheiro e aceitou o dinheiro.

Consta no processo, que Bosquinho tentou comprar o voto de Elieber Renato Silva do Nascimento, onde o mesmo afirma que o conselheiro Manoel Teodoro abordou e perguntou se ele estava precisando de ajuda, tendo o depoente dito que não, mas que seu filho estava.

Após o eleitor Elieber ter negado o dinheiro, Bosquinho se dirigiu até o seu filho, e lhe deu a quantia de R$ 30,00 juntamente com um santinho do candidato.

O juiz Gleidson afirmou em sua decisão que os depoimentos são suficientes do ilícito de captação de sufrágio por parte do vereador reeleito.

“Registro que a presente sentença, por ter sido proferida após a campanha eleitoral, deverá ser executada imediatamente, ainda que o candidato interponha recurso, uma vez que aplicável a regra geral do Código Eleitoral, segundo a qual os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo”, decidiu o juiz.

A denúncia foi apresentada por terceiros ao Ministério Público Estadual (MPE). O magistrado decidiu não anular os votos do candidato investigado e determinou a diplomação do suplente Sávio Luís Antunes (PP) na vaga de Bosquinho.

O vereador reeleito foi multado em R$ 25 mil UFIR, em torno de R$ 56 mil reais.






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