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Profissões perigo: no limite entre a vida e a morte
Ficar pendurado em fios de alta-tensão, escalar prédios pegando fogo, ficar de frente com assaltantes armados e perigosos. Parece loucura, mas é assim que milhares de pessoas de todo o mundo escolheram trabalhar, convivendo diariamente com o perigo iminente de, a qualquer momento, estar entre a vida e a morte.
O que leva uma pessoa a ser um policial ou bombeiro, ou mesmo trabalhar nas alturas como eletricista ou ser um taxista ou motoboy? Será que é a questão financeira ou o amor pela profissão? Pensando nisso, o DS entrevistou alguns profissionais que escolheram viver com a adrenalina correndo pelo corpo, para saber como é trabalhar em uma profissão perigo.
Bombeiro: vidas em perigo
Há seis anos trabalhando como soldado do Corpo de Bombeiros, Eliezer Bernado já viveu inúmeras situações em que colocou a sua vida em risco para salvar a de outras pessoas. “Uma vez, em um mergulho, fiquei preso no fundo do rio, quando consegui me soltar, retornei para a superfície, e passei o equipamento para outro colega, e logo em seguida ele voltou, porque o ar tinha acabado. Agradeci a Deus por ter conseguido me soltar. Foi um grande susto, só de pensar que o ar poderia ter acabado comigo”, contou.
Eliezer contou ainda que por várias vezes, tanto ele, quanto os colegas de profissão, já passaram por apuros. “Duas situações muito perigosas é quando vamos fazer salvamento em altura e no caso de incêndio. Salvamento em altura é sempre perigoso, pelo risco que corremos e pelo local onde tem que ser feito o salvamento e também pela vítima que vamos socorrer, que na maioria das vezes está muito nervosa”, comentou.
O Soldado disse ainda uma outra situação de risco que foi em um salvamento de uma vítima que estava presa nas ferragens de uma carreta. Segundo ele, logo após ter retirado a vítima, a carreta desabou e caiu justamente no local onde os bombeiros estavam. “Foi por pouco. Mas faz parte da minha profissão. Para ser bombeiro tem que ter muita fibra, garra e um pouco de medo, porque o medo tem que existir para não facilitar ainda mais o perigo e acima de tudo ter muita fé em Deus. Acredito que ele está sempre com a gente, para nos proteger dos perigos”, destacou.
Eletricistas: Vivendo nas alturas: Por dois anos, Vaudijam Inácio Ferreira trabalhou como eletricista da Rede Cemat, e convivia com fios de altatensão e a adrenalina da altura. “Ser eletricista é um perigo constante, porque a energia é uma coisa que você não vê, ela não tem cheiro e nem cor. Você nunca sabe onde ela está e apesar de usarmos equipamentos sofisticados para evitar acidentes, se caso acontecer, eles apenas vão suavizar as seqüelas”, explicou.
Vaudijam conta que o susto já faz parte do dia-a-dia. “Atenção é a coisa que um eletricista mais tem que ter, um minuto de bobeira e você pode levar um choque. E para quem trabalha com altatensão como eu trabalhava, a falta de atenção pode acarretar um acidente gravíssimo”, frisou.
Mesmo trabalhando agora em um outro setor da Rede Cemat, Vaudijan conta que ama a profissão. “É gostoso e gratificante ser eletricista. Quando nós chegamos em uma casa e solucionamos o problema, o agradecimento das pessoas é o que de melhor podemos receber”, destacou.
Segundo Vaudijan, um fato interessante marcou a sua carreira quando ele foi cortar a energia de uma empresa no centro da cidade. “Quando eu cheguei em uma empresa, e estava cortando a energia, o dono apareceu com uma arma e disse que se a gente cortasse a energia ele iria atirar. Nessas horas, o melhor a fazer é correr e chamar a polícia”, comentou.
Polícia Militar: de frente com o perigo:
O Tenente da Polícia Militar, Handson Freitas Farias, que há quatro anos trabalha na PM, contou que ser policial já faz parte da tradição da família. “Meu pai era policial, e acabei seguindo os passos dele”, destacou.
Segundo o Tenente, ele já passou por situações de risco, já que no dia-a-dia da profissão o perigo está sempre presente. “Uma vez, quando trabalhava em Barra do Bugres, foi solicitado que nós fizéssemos uma barreira para deter um carro que estava com vários homens suspeitos e armados. Na época não tínhamos coletes à prova de bala e saimos na perseguição dos suspeitos. Graças a Deus conseguimos surpreender os suspeitos e nada de ruim aconteceu, porque se eles atirassem contra nós, poderíamos ter morrido na ocorrência”, contou.
O tenente Handson disse que quando alguém escolhe ser policial, já tem ciência dos perigos da profissão. “Na hora da formatura, fazemos um juramento de salvar as pessoas mesmo com o risco da própria vida. A nossa família é quem sofre, porque na hora que temos que ir para a ação, você não pensa muito nas conseqüências, e eles ficam em casa com o coração na mão, e só se acalmam quando chegamos”, explicou.
Taxistas e moto-taxistas: acidentes de trânsito e assaltos - A cada ligação, um destino diferente. É assim que os moto-taxistas e os taxistas vivem. Além de trabalharem em uma profissão onde o que prevalece é o imprevisto, o perigo no trânsito e o medo do assalto fazem parte de seus cotidianos. “Se temos um chamado, vamos fazer o quê? Não ir? Infelizmente temos que ir, essa é a nossa profissão. Ninguém tem estrela na testa. Tem menos de 30 dias que eu fui assaltado e levaram o meu veículo. Já tem 30 anos que trabalho como taxista, até um irmão meu já foi morto quando estava trabalhando. Acho que trabalho porque adoro a minha profissão”, contou o taxista José Galdino.
José contou ainda que no ponto onde ele trabalha, outros taxistas também já foram assaltados. “Aqui já aconteceu outro caso de carro roubado. Mas, temos que levantar a cabeça e vim trabalhar no dia seguinte”, ressaltou.
Para o moto-taxista Marcílio C. de Souza, que há sete anos trabalha na profissão,“a profissão é perigosa, a qualquer momento podemos sofrer um acidente de trânsito, mas o que mais nos preocupa são os assaltos. Só aqui na nossa cooperativa, vários motoqueiros tiveram suas motos roubadas. Não tem como a gente adivinhar que em tal lugar você poderá ser assaltado. O negócio é ter atenção, mas mesmo assim, o perigo é constante”, comentou.
O que leva uma pessoa a ser um policial ou bombeiro, ou mesmo trabalhar nas alturas como eletricista ou ser um taxista ou motoboy? Será que é a questão financeira ou o amor pela profissão? Pensando nisso, o DS entrevistou alguns profissionais que escolheram viver com a adrenalina correndo pelo corpo, para saber como é trabalhar em uma profissão perigo.
Bombeiro: vidas em perigo
Há seis anos trabalhando como soldado do Corpo de Bombeiros, Eliezer Bernado já viveu inúmeras situações em que colocou a sua vida em risco para salvar a de outras pessoas. “Uma vez, em um mergulho, fiquei preso no fundo do rio, quando consegui me soltar, retornei para a superfície, e passei o equipamento para outro colega, e logo em seguida ele voltou, porque o ar tinha acabado. Agradeci a Deus por ter conseguido me soltar. Foi um grande susto, só de pensar que o ar poderia ter acabado comigo”, contou.
Eliezer contou ainda que por várias vezes, tanto ele, quanto os colegas de profissão, já passaram por apuros. “Duas situações muito perigosas é quando vamos fazer salvamento em altura e no caso de incêndio. Salvamento em altura é sempre perigoso, pelo risco que corremos e pelo local onde tem que ser feito o salvamento e também pela vítima que vamos socorrer, que na maioria das vezes está muito nervosa”, comentou.
O Soldado disse ainda uma outra situação de risco que foi em um salvamento de uma vítima que estava presa nas ferragens de uma carreta. Segundo ele, logo após ter retirado a vítima, a carreta desabou e caiu justamente no local onde os bombeiros estavam. “Foi por pouco. Mas faz parte da minha profissão. Para ser bombeiro tem que ter muita fibra, garra e um pouco de medo, porque o medo tem que existir para não facilitar ainda mais o perigo e acima de tudo ter muita fé em Deus. Acredito que ele está sempre com a gente, para nos proteger dos perigos”, destacou.
Eletricistas: Vivendo nas alturas: Por dois anos, Vaudijam Inácio Ferreira trabalhou como eletricista da Rede Cemat, e convivia com fios de altatensão e a adrenalina da altura. “Ser eletricista é um perigo constante, porque a energia é uma coisa que você não vê, ela não tem cheiro e nem cor. Você nunca sabe onde ela está e apesar de usarmos equipamentos sofisticados para evitar acidentes, se caso acontecer, eles apenas vão suavizar as seqüelas”, explicou.
Vaudijam conta que o susto já faz parte do dia-a-dia. “Atenção é a coisa que um eletricista mais tem que ter, um minuto de bobeira e você pode levar um choque. E para quem trabalha com altatensão como eu trabalhava, a falta de atenção pode acarretar um acidente gravíssimo”, frisou.
Mesmo trabalhando agora em um outro setor da Rede Cemat, Vaudijan conta que ama a profissão. “É gostoso e gratificante ser eletricista. Quando nós chegamos em uma casa e solucionamos o problema, o agradecimento das pessoas é o que de melhor podemos receber”, destacou.
Segundo Vaudijan, um fato interessante marcou a sua carreira quando ele foi cortar a energia de uma empresa no centro da cidade. “Quando eu cheguei em uma empresa, e estava cortando a energia, o dono apareceu com uma arma e disse que se a gente cortasse a energia ele iria atirar. Nessas horas, o melhor a fazer é correr e chamar a polícia”, comentou.
Polícia Militar: de frente com o perigo:
O Tenente da Polícia Militar, Handson Freitas Farias, que há quatro anos trabalha na PM, contou que ser policial já faz parte da tradição da família. “Meu pai era policial, e acabei seguindo os passos dele”, destacou.
Segundo o Tenente, ele já passou por situações de risco, já que no dia-a-dia da profissão o perigo está sempre presente. “Uma vez, quando trabalhava em Barra do Bugres, foi solicitado que nós fizéssemos uma barreira para deter um carro que estava com vários homens suspeitos e armados. Na época não tínhamos coletes à prova de bala e saimos na perseguição dos suspeitos. Graças a Deus conseguimos surpreender os suspeitos e nada de ruim aconteceu, porque se eles atirassem contra nós, poderíamos ter morrido na ocorrência”, contou.
O tenente Handson disse que quando alguém escolhe ser policial, já tem ciência dos perigos da profissão. “Na hora da formatura, fazemos um juramento de salvar as pessoas mesmo com o risco da própria vida. A nossa família é quem sofre, porque na hora que temos que ir para a ação, você não pensa muito nas conseqüências, e eles ficam em casa com o coração na mão, e só se acalmam quando chegamos”, explicou.
Taxistas e moto-taxistas: acidentes de trânsito e assaltos - A cada ligação, um destino diferente. É assim que os moto-taxistas e os taxistas vivem. Além de trabalharem em uma profissão onde o que prevalece é o imprevisto, o perigo no trânsito e o medo do assalto fazem parte de seus cotidianos. “Se temos um chamado, vamos fazer o quê? Não ir? Infelizmente temos que ir, essa é a nossa profissão. Ninguém tem estrela na testa. Tem menos de 30 dias que eu fui assaltado e levaram o meu veículo. Já tem 30 anos que trabalho como taxista, até um irmão meu já foi morto quando estava trabalhando. Acho que trabalho porque adoro a minha profissão”, contou o taxista José Galdino.
José contou ainda que no ponto onde ele trabalha, outros taxistas também já foram assaltados. “Aqui já aconteceu outro caso de carro roubado. Mas, temos que levantar a cabeça e vim trabalhar no dia seguinte”, ressaltou.
Para o moto-taxista Marcílio C. de Souza, que há sete anos trabalha na profissão,“a profissão é perigosa, a qualquer momento podemos sofrer um acidente de trânsito, mas o que mais nos preocupa são os assaltos. Só aqui na nossa cooperativa, vários motoqueiros tiveram suas motos roubadas. Não tem como a gente adivinhar que em tal lugar você poderá ser assaltado. O negócio é ter atenção, mas mesmo assim, o perigo é constante”, comentou.
Fonte:
Diário da Serra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371054/visualizar/
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