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‘Bagaceira, a dança dos Orixás’ ganha o palco do Sesc Arsenal
O amor, a vida, a beleza, o sexo, o orgulho, a perseverança, a dor, a vitória, a mentira, a farsa, a verdade, a pureza, o trabalho e a guerra. São aspectos da vida humana retratados por meio do movimento do corpo no ritual dos Orixás (terra, ar, água e fogo), mas em ritmo e sons do sapateado. A fusão de movimentos contemporâneos e de bases tradicionais brasileiras.
Isso é o que fundamenta o espetáculo ‘Bagaceira, a Dança dos Orixás’, que a Cia Vatá - Companhia de Brincantes Valéria Pinheiro, do Ceará, apresenta na próxima quarta-feira (20), às 21 horas, no Sesc Arsenal, em Cuiabá, pelo circuito nacional Palco Giratório. A entrada é gratuita.
O musical é a segunda produção da trilogia ‘O Corpo no Ritual’, sobre as manifestações tradicionais brasileiras, objeto de estudo da Cia Vatá nos últimos anos. Baseado no texto Orikis aos Orixás, de domínio público, o espetáculo se atém nos movimentos rituais dos Orixás, como resultado de pesquisas in loco dos ritmos, danças e crenças do universo afro-brasileiro, como o Candomblé, Santeria e Xamanismo.
No palco, 11 atores, em uma estrutura cenográfica móvel para coreografia aérea, resgatam poderosas imagens de elementos da natureza (terra, ar, água e fogo), por meio da utilização movimentos contemporâneos e ritmos executados ao vivo por quatro músicos sapateadores e percussionistas. “‘Bagaceira, a Dança dos Orixás’ é um musical onde o corpo assume vários derives, tendo como principal objetivo, grafar o espaço no tempo atual com referências à nossa ancestralidade, fazendo disso uma cartografia de identidades que nos auxiliou conhecer cada vez mais o território ao qual fazemos parte”, explica a diretora do espetáculo e fundadora da Cia Vatá, Valéria Pinheiro. Ela salienta que não é intenção do espetáculo “colocar de forma folclórica ou religiosa, as histórias dos Orixás, mas sim trabalhar com uma essência poética, enfocando a cultura afro-brasileira”.
No próximo sábado (24), o musical será apresentado em Rondonópolis. A produção já esteve em cartaz em vários estados do país e também no exterior (Estados Unidos e Coréia do Sul).
Projeto
O primeiro espetáculo da trilogia ‘O Corpo no Ritual’ foi ‘Bagaceira’ (2001), festa oferecida aos deuses. O terceiro musical da trilogia já está sendo estruturado: ‘Bagaceira, a Danças dos Ancestrais’, calcado em movimentos de rituais dos tapuias e kariris, índios antecessores dos Mestres de bandas cabaçais do Ceará.
A finalidade do projeto é, por meio da arte, manter viva essas tradições brasileiras e promover o intercâmbio de culturas. “A arte é a possibilidade e objeto de ligações, encontros de memórias, identificação de corpos e culturas. E, por isso, interessamo-nos pela continuidade e desenvolvimento desse mergulho cênico: pela possibilidade de criação de um novo processo investigativo da nossa cultura, do nosso corpo e de suas manifestações, interferências e limites”, argumenta Valéria Pinheiro.
História
O interesse de Valéria Pinheiro pela tradições afro-brasileiras é resultado de suas origens. Natural de Juazeiro do Norte, no Ceará, ela é filha de um mestre de reizado, uma das principais manifestações populares da cidade nordestina.
Foi no sertão que, ainda menina, aprendeu os primeiros passos de sapateado com seu pai, dançarino de xaxado. Depois, foi se aventurando por ritmos nordestinos como maracatu, coco, caboclinho e cabaçal.
Daí, teve contato com o sapateado americano, pelo qual se apaixonou. Com o intuito de estudar a técnica, mudou-se para o Rio de Janeiro. Depois de muita dedicação, a bailarina ousou realizar adaptações da técnica aos ritmos e danças populares brasileiras.
Em 1994, a coreógrafa e atriz Valéria Pinheiro, fundou a Cia Vatá, que até 2000 atuava no eixo Rio-São Paulo. Há quatro anos, retornou ao Ceará, para dar aulas no curso de ’Dança e Coreografia‘ da Universidade Gama Filho.
No estado nordestino, reestruturou a Cia Vatá, dessa vez composta somente por artistas cearenses. Atualmente, a Companhia tem no currículo 13 espetáculos apresentados em diversos estados do Brasil e em outros países, como Estados Unidos, Coréia do Sul e Alemanha.
Hoje, já são 20 anos em que Valéria se dedica a pesquisas de ritmos e danças originários das tradições populares do Brasil.
Isso é o que fundamenta o espetáculo ‘Bagaceira, a Dança dos Orixás’, que a Cia Vatá - Companhia de Brincantes Valéria Pinheiro, do Ceará, apresenta na próxima quarta-feira (20), às 21 horas, no Sesc Arsenal, em Cuiabá, pelo circuito nacional Palco Giratório. A entrada é gratuita.
O musical é a segunda produção da trilogia ‘O Corpo no Ritual’, sobre as manifestações tradicionais brasileiras, objeto de estudo da Cia Vatá nos últimos anos. Baseado no texto Orikis aos Orixás, de domínio público, o espetáculo se atém nos movimentos rituais dos Orixás, como resultado de pesquisas in loco dos ritmos, danças e crenças do universo afro-brasileiro, como o Candomblé, Santeria e Xamanismo.
No palco, 11 atores, em uma estrutura cenográfica móvel para coreografia aérea, resgatam poderosas imagens de elementos da natureza (terra, ar, água e fogo), por meio da utilização movimentos contemporâneos e ritmos executados ao vivo por quatro músicos sapateadores e percussionistas. “‘Bagaceira, a Dança dos Orixás’ é um musical onde o corpo assume vários derives, tendo como principal objetivo, grafar o espaço no tempo atual com referências à nossa ancestralidade, fazendo disso uma cartografia de identidades que nos auxiliou conhecer cada vez mais o território ao qual fazemos parte”, explica a diretora do espetáculo e fundadora da Cia Vatá, Valéria Pinheiro. Ela salienta que não é intenção do espetáculo “colocar de forma folclórica ou religiosa, as histórias dos Orixás, mas sim trabalhar com uma essência poética, enfocando a cultura afro-brasileira”.
No próximo sábado (24), o musical será apresentado em Rondonópolis. A produção já esteve em cartaz em vários estados do país e também no exterior (Estados Unidos e Coréia do Sul).
Projeto
O primeiro espetáculo da trilogia ‘O Corpo no Ritual’ foi ‘Bagaceira’ (2001), festa oferecida aos deuses. O terceiro musical da trilogia já está sendo estruturado: ‘Bagaceira, a Danças dos Ancestrais’, calcado em movimentos de rituais dos tapuias e kariris, índios antecessores dos Mestres de bandas cabaçais do Ceará.
A finalidade do projeto é, por meio da arte, manter viva essas tradições brasileiras e promover o intercâmbio de culturas. “A arte é a possibilidade e objeto de ligações, encontros de memórias, identificação de corpos e culturas. E, por isso, interessamo-nos pela continuidade e desenvolvimento desse mergulho cênico: pela possibilidade de criação de um novo processo investigativo da nossa cultura, do nosso corpo e de suas manifestações, interferências e limites”, argumenta Valéria Pinheiro.
História
O interesse de Valéria Pinheiro pela tradições afro-brasileiras é resultado de suas origens. Natural de Juazeiro do Norte, no Ceará, ela é filha de um mestre de reizado, uma das principais manifestações populares da cidade nordestina.
Foi no sertão que, ainda menina, aprendeu os primeiros passos de sapateado com seu pai, dançarino de xaxado. Depois, foi se aventurando por ritmos nordestinos como maracatu, coco, caboclinho e cabaçal.
Daí, teve contato com o sapateado americano, pelo qual se apaixonou. Com o intuito de estudar a técnica, mudou-se para o Rio de Janeiro. Depois de muita dedicação, a bailarina ousou realizar adaptações da técnica aos ritmos e danças populares brasileiras.
Em 1994, a coreógrafa e atriz Valéria Pinheiro, fundou a Cia Vatá, que até 2000 atuava no eixo Rio-São Paulo. Há quatro anos, retornou ao Ceará, para dar aulas no curso de ’Dança e Coreografia‘ da Universidade Gama Filho.
No estado nordestino, reestruturou a Cia Vatá, dessa vez composta somente por artistas cearenses. Atualmente, a Companhia tem no currículo 13 espetáculos apresentados em diversos estados do Brasil e em outros países, como Estados Unidos, Coréia do Sul e Alemanha.
Hoje, já são 20 anos em que Valéria se dedica a pesquisas de ritmos e danças originários das tradições populares do Brasil.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371329/visualizar/
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