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Politica Brasil
Segunda - 18 de Outubro de 2004 às 13:02
Por: João Carlos Caldeira

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Nos últimos dias, por força da campanha eleitoral (segundo turno) para prefeito de Cuiabá, veio à tona um tema que de tempos em tempos, persiste em chegar à imprensa e criar uma polêmica sem tamanho: divisão do estado de Mato Grosso.

Tempos atrás, falava-se em dividir nosso estado em dois. Criaria-se o Mato Grosso do Norte, com a capital em Sinop. Por alguns anos, alimentado pela hipocrisia e ignorância política, o assunto foi bandeira de luta de alguns políticos que tem como base, cidades do interior do estado, como Sorriso, Sinop e Alta Floresta

Se não bastasse tamanha bobagem, para não dizer burrice, o assunto volta agora não mais com uma divisão, mas com quatro. Se não bastasse dividir Mato Grosso em dois, agora querem, ou dizem que querem, o dizem que não querem e agem de forma contrária, dividir nossa querida terra em quatro estados diferentes.

Dá pra imaginar nossa terra fatiada em quatro regiões? Quatro governadores, quatro legislativos, quatro judiciários, quatro capitais, quatro novas dívidas, quatro estados fracos, desarticulados e frágeis.

Nunca houve e nem haverá necessidade de dividir Mato Grosso, Bahia, Acre, Rondônia ou a Amazônia em nome de uma pretensa governabilidade, em nome do desenvolvimento ou em nome de uma necessidade de se preservar e proteger. Balela!

Mato Grosso cresce em média de 8% ao ano e seu IDH (que é para mim o mais importante índice para se medir a prosperidade de um povo) melhorou sensivelmente nos últimos anos, provando que o estado está no rumo certo. Será que nosso crescimento e melhora da qualidade de vida está incomodando tanta gente assim?

O retorno do assunto deve-se ao fato da mídia ter noticiado que o Ministro da Secretaria de Comunicação do governo Lula, Luiz Gushiken elaborou uma agenda de desenvolvimento estratégico para o país, até o ano 2025, e entre vários outros temas, está a divisão de Mato Grosso.

O candidato Wilson Santos explorou (no meu ver, corretamente) o tema durante seus programas eleitorais, apesar do cargo de prefeito não ter poder de decisão sobre o assunto, tentando ganhar apoio dos eleitores, já que seu oponente é do PT, partido do ministro Gushiken e do governo Lula.

Preocupado com a repercussão, o governador Blairo Maggi conversou pessoalmente com o Presidente Lula, que negou conhecimento do assunto, alegando que ¨tem coisa mais importante para resolver¨.

Apesar do desmentido do presidente, a idéia absurda de dividir Mato Grosso deve ser combatida a qualquer momento, principalmente quando surgi algum rumor. Além disso, se prestarem atenção na declaração do Presidente Lula desmentindo o assunto, ele cita o nome de vários ministros, menos o do ministro Gushiken.

E como diz o ditado ¨onde há fumaça, há fogo¨, é bom ficarmos em estado de alerta!

João Carlos Caldeira
Empresário, jornalista, professor universitário.
E-mail: joaocmc@terra.com.br




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