A safra agrícola em Mato Grosso mal começou e os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) já acabaram. O crédito, estimado há dois meses a R$ 665 milhões, foi ultrapassado em cerca de 20%. Ou seja, os produtores tomaram R$ 800 milhões do Banco do Brasil para investimento na produção agropecuária mato-grossense. Desta forma, o banco já anunciou a solicitação de, pelo menos, R$ 300 milhões a mais para atender uma demanda reprimida.
O gerente de agronegócio do Banco do Brasil, Brasiliano Brasil Borges, acrescenta que a indisponibilidade dos recursos ocorre no mês em que o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu para 2,94% a taxa de juros dos empréstimos para investimentos concedidos com recursos dos fundos constitucionais. A medida é temporária e retroativa, valendo para o período de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2012. Anteriormente, a taxa variava entre 4% e 10%.
Para ele, o governo deve atender ao pedido de uma nova demanda. "A alternativa seria solicitar aos demais estados da região, mas acreditamos que Goiás também está na mesma situação que Mato Grosso". Ele explica que o montante emprestado foi utilizado investimentos no campo, como a aquisição de máquinas agrícolas.
O diretor de Relações Institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rogério Romanini, acredita que não faltará recursos para atender os produtores do estado. Ele ressalta que a disponibilidade de mais crédito é resultado do crescimento do setor. "Mato Grosso vai para aumentar a área plantada no estado, o que pede mais investimentos".
O G1 entrou em contato com o Ministério da Fazenda para saber se mais recursos serão repassados ao estado mas até o fechamento desta reportagem a assessoria de imprensa não retornou o contato.
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