Museu de arte islâmico comemora centenário com exposição
Na entrevista coletiva de apresentação da exposição também se passou em revista a história do museu, fundado no dia 18 de outubro de 1904 por Wilhelm von Bode, contra a resistência de alguns historiadores da época que consideravam que o mundo islâmico era incapaz de produzir obras de arte de verdadeiro valor.
O Museu de Arte Islâmico de Berlim foi considerado até o início da II Guerra Mundial como o centro com a melhor coleção de arte islâmica fora dos países muçulmanos.
Durante a guerra, no entanto, o museu sofreu numerosas perdas e foi superado pelo Museu Metropolitano de Nova York.
A exposição mostra diversos exemplos de caligrafia árabe, luxuosos exemplares do Alcorão, baixelas e restos de obras arquitetônicas de diversos lugares do Islã.
Além disso, o museu aproveitou seu centenário para render uma pequena homenagem ao egípcio Mohamed Soliman, um empresário de teatro radicado em Berlim no início de século que é mostrado na exposição como um exemplo de muçulmano integrado na sociedade alemã.
Sua filha, Hamida Soliman, que ainda vive, foi cantora de ópera e no museu se podem escutar agora algumas de suas intervenções na "Komische Oper" de Berlim.
Na mesma sala que rende homenagem à família Soliman há um recorte de jornal que documenta a profanação de algumas tumbas turcas na Alemanha por parte de grupos neonazistas.
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