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Vacina contra malária pode sair em 2010, dizem cientistas
Cientistas desenvolveram uma vacina contra malária que, segundo eles, é eficaz e poderá estar disponível em 2010.
A pesquisa sobre a vacina foi publicada no jornal de medicina Lancet e, segundo cientistas, é a mais promissora de muitas que estão sendo feitas.
A vacina foi usada em 2.022 crianças em Moçambique e reduziu em 58% a incidência da doença.
A equipe responsável pelas pesquisas é liderada pelo médico espanhol Pedro Alonso, da Universidade de Barcelona, que está trabalhando com o laboratório GlaxoSmithKline.
Esperança
"Esses são claramente os melhores resultados que já se viu com um candidato à vacina contra malária", disse o professor Alonso.
"Estamos bastante seguros de que não apenas a vacina é segura, como também que se viu claramente sua eficácia."
A equipe testou a vacina, chamada RTS,S/AS02A, em crianças com idade entre um e quatro anos em Moçambique, onde é alta a incidência de malária.
No mundo todo, a cada ano, mais de 1 milhão de pessoas, muitas delas crianças com menos de cinco anos, morrem de malária.
Segundo dados, 90% dos casos de malária são registrados na África Subsaariana.
A prevenção contra a doença é importante porque a resistência contra medicamentos de tratamento da malária vem aumentando .
Nessa pesquisa, crianças saudáveis receberam três injeções da vacina contra a malária.
Depois de seis meses, a vacina tinha reduzido em 30% o risco de as crianças desenvolverem um episódio de malária. O risco de as crianças contraírem casos mais severos de malária caiu em 58%.
O professor Alonso disse que não seria realista esperar que a vacina prevenisse 100% das infecções e que os resultados são estimulantes.
Ataque combinado
"É difícil imaginar que num futuro próximo teremos um passe de mágica que, por si só, vai resolver o problema da malária", disse ele.
"Como qualquer outro instrumento para controlar a malária que já temos, como mosquiteiros tratados com inseticidas, nenhum deles tem 100% de eficácia".
"O controle da doença vai se basear no uso combinado de instrumentos".
"Acreditamos que uma vacina contra malária, ainda que de eficácia moderada, pode ter um enorme impacto."
Entre as crianças com menos de dois anos que fizeram parte da pesquisa, a vacina teve 77% de eficácia contra malária grave.
Cientistas dizem que as crianças são o grupo alvo para vacinação.
Novos testes são necessários para comprovar que a vacina é segura antes da concessão de licenças de fabricação, mas os pesquisadores acreditam que isso pode acontecer até 2010.
A vacina teve muito poucos efeitos colaterais e foi bem tolerada pelas crianças.
"A pesquisa é de alta qualidade e as descobertas são estimulantes", disse Allan Shapira, da organização internacional Roll Back Malaria.
Segundo Shapira, sempre haverá preocupações sobre custos e disponibilidade de vacinas e tratamentos contra malária.
Fundação Gates
A vacina é feita contra o parasita da malária, que é injetado por mosquitos nas pessoas. O parasita é chamado de sporozite.
Depois da vacinação, são produzidos anticorpos e glóbulos brancos que impedem a sobrevivência do sporozite ou o seu desenvolvimento no fígado.
A pesquisa foi financiada por GSK Biologicals e um projeto mundial criado com recursos da fundação iniciada por Bill Gates (fundador da Microsoft) e sua mulher, Melinda.
"A malária é o assassino número um de crianças africanas", disse o ministro da Saúde de Moçambique, Francisco Songane, que aprovou a pesquisa.
"Fizemos isso não apenas pelo povo de Moçambique, como também pelo povo de toda a África, cuja saúde e desenvolvimento sofre enormemente por causa dessa doença terrível."
A pesquisa sobre a vacina foi publicada no jornal de medicina Lancet e, segundo cientistas, é a mais promissora de muitas que estão sendo feitas.
A vacina foi usada em 2.022 crianças em Moçambique e reduziu em 58% a incidência da doença.
A equipe responsável pelas pesquisas é liderada pelo médico espanhol Pedro Alonso, da Universidade de Barcelona, que está trabalhando com o laboratório GlaxoSmithKline.
Esperança
"Esses são claramente os melhores resultados que já se viu com um candidato à vacina contra malária", disse o professor Alonso.
"Estamos bastante seguros de que não apenas a vacina é segura, como também que se viu claramente sua eficácia."
A equipe testou a vacina, chamada RTS,S/AS02A, em crianças com idade entre um e quatro anos em Moçambique, onde é alta a incidência de malária.
No mundo todo, a cada ano, mais de 1 milhão de pessoas, muitas delas crianças com menos de cinco anos, morrem de malária.
Segundo dados, 90% dos casos de malária são registrados na África Subsaariana.
A prevenção contra a doença é importante porque a resistência contra medicamentos de tratamento da malária vem aumentando .
Nessa pesquisa, crianças saudáveis receberam três injeções da vacina contra a malária.
Depois de seis meses, a vacina tinha reduzido em 30% o risco de as crianças desenvolverem um episódio de malária. O risco de as crianças contraírem casos mais severos de malária caiu em 58%.
O professor Alonso disse que não seria realista esperar que a vacina prevenisse 100% das infecções e que os resultados são estimulantes.
Ataque combinado
"É difícil imaginar que num futuro próximo teremos um passe de mágica que, por si só, vai resolver o problema da malária", disse ele.
"Como qualquer outro instrumento para controlar a malária que já temos, como mosquiteiros tratados com inseticidas, nenhum deles tem 100% de eficácia".
"O controle da doença vai se basear no uso combinado de instrumentos".
"Acreditamos que uma vacina contra malária, ainda que de eficácia moderada, pode ter um enorme impacto."
Entre as crianças com menos de dois anos que fizeram parte da pesquisa, a vacina teve 77% de eficácia contra malária grave.
Cientistas dizem que as crianças são o grupo alvo para vacinação.
Novos testes são necessários para comprovar que a vacina é segura antes da concessão de licenças de fabricação, mas os pesquisadores acreditam que isso pode acontecer até 2010.
A vacina teve muito poucos efeitos colaterais e foi bem tolerada pelas crianças.
"A pesquisa é de alta qualidade e as descobertas são estimulantes", disse Allan Shapira, da organização internacional Roll Back Malaria.
Segundo Shapira, sempre haverá preocupações sobre custos e disponibilidade de vacinas e tratamentos contra malária.
Fundação Gates
A vacina é feita contra o parasita da malária, que é injetado por mosquitos nas pessoas. O parasita é chamado de sporozite.
Depois da vacinação, são produzidos anticorpos e glóbulos brancos que impedem a sobrevivência do sporozite ou o seu desenvolvimento no fígado.
A pesquisa foi financiada por GSK Biologicals e um projeto mundial criado com recursos da fundação iniciada por Bill Gates (fundador da Microsoft) e sua mulher, Melinda.
"A malária é o assassino número um de crianças africanas", disse o ministro da Saúde de Moçambique, Francisco Songane, que aprovou a pesquisa.
"Fizemos isso não apenas pelo povo de Moçambique, como também pelo povo de toda a África, cuja saúde e desenvolvimento sofre enormemente por causa dessa doença terrível."
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371538/visualizar/
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