Lideranças indígenas exigem melhorias no atendimento médico e odontológico

Um convênio entre a Funasa e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), publicado ontem no Diário Oficial da União, garante atendimento médico e odontológico para 27 aldeias das etnias Bakairi, Bororo, Guató, Umitina e Chiquitanos, em Mato Grosso. Lideranças indígenas do sul do estado continuam acampadas na sede da Funasa em Cuiabá a espera da liberação do dinheiro para a saúde.

O coordenador da Casa de Saúde de Rondonópolis, que atende 1.200 índios, acompanha o grupo e diz que a situação é grave. "Nós estamos tentando atender pelo menos os casos de emergência", disse Edson Bezerra.

Com o convênio, a Fundação Uniselva, vinculada à UFMT, passará a prestar atendimento a 2.167 índios. Antes o serviço era feito por Organizações Não Governamentais (ONG).

O coordenador regional da Funasa, Jossy Soares, disse que o órgão já está encaminhando a ordem bancária e que, no máximo segunda-feira, o dinheiro deverá estar disponível na conta da conveniada.

O líder Bororo Agnaldo Komaekureu disse que eles só deixarão a sede da Funasa quando o dinheiro estiver liberado.

O valor do convênio é de R$ 1,4 milhões. A primeira parcela deverá ser de R$ 250 mil.