Indea intensifica fiscalização móvel em fronteiras

Esta é uma das ações priorizadas em função do repasse de recursos da União menor do que o esperado.

O Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder), irá aplicar R$ 6,1 milhões no setor, até o final do ano. A maior parte deste recurso é dos cofres do Governo do Estado. São R$ 3,5 milhões que ainda restam no orçamento anual de cerca de R$ 32 milhões destinados à área de defesa animal e vegetal em Mato Grosso. A União repassou ao Estado R$ 2,6 milhões, ¼ do valor solicitado, no início deste ano, pelo Indea ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa): R$ 10 milhões.

"O valor repassado pelo Mapa, por meio da Delegacia Federal de Agricultura em Mato Grosso, não é o ideal porque teremos que realizar um número menor de ações no Estado", constatou o presidente do Indea, Décio Coutinho. Segundo ele, são os recursos estaduais que garantam o desempenho do Instituto no combate à febre aftosa e em outras áreas de atuação do setor.

Com menos dinheiro, o Indea irá dar prioridade à etapa de vacinação de todo o rebanho bovino (de mamando a caducando), em novembro, e à fiscalização móvel na fronteira com a Bolívia e o Pará. A fiscalização móvel passa a ser realizada, diariamente, na próxima sexta-feira (15/10) com três equipes de técnicos do Indea. Os R$ 2,6 milhões repassados pelo governo Federal serão utilizados na aquisição de veículos e equipamentos de informática para as unidades do Indea no interior do Estado (R$ 1,530 milhão) e custeio do órgão (R$ 1,070 milhão).

Décio Coutinho explica que o volume de recursos repassado pelo Mapa não chega a comprometer o trabalho de defesa sanitária em Mato Grosso, "mas poderia ser melhor". Se os R$ 10 milhões requisitados fossem liberados, seria possível intensificar o trabalho em todos os postos de fiscalização do Estado, e não apenas nos postos interestaduais, e, a fiscalização móvel poderia atingir também a fronteira com o estado do Amazonas, porém irá se restringir às fronteiras da Bolívia e do Pará.