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Vereadores são contra a redivisão
Após 27 anos da criação do Estado de Mato Grosso do Sul, uma nova divisão do Estado é tema de debates em Cuiabá. A intenção do governo federal em criar novos Estados, inclusive redividindo Mato Grosso, incitou vereadores que apóiam o candidato a prefeito Wilson Santos (PSDB) a se posicionarem contra a possibilidade da criação dos Estados do Araguaia e Mato Grosso do Norte. A declaração do ministro de Comunicação de Governo e Gestão, Luiz Gushiken, sobre os estudos para criar outros Estados, foi o estopim da discussão.
Indignação
O vereador Edivá Alves (PSDB) juntamente com os vereadores eleitos Permínio Pinto Filho (PSDB) e Clóvis Hugueney Neto, o Clovito (PTB), reuniram a imprensa para expressar a indignação deles com relação à proposta de divisão do Estado. Os três conversaram com os jornalistas com a clara estratégia de atacar o PT e atingir o candidato adversário na luta pela Prefeitura de Cuiabá, Alexandre César (PT).
"O governo do PT se mostra desinformado com o que acontece em Mato Grosso e em Cuiabá. Somos um Estado que cresce quase 11% ao ano, em média, e querem dividi-lo", criticou Permínio, ressaltando que nem ele nem os colegas de Câmara Municipal têm poderes para intervir nos projetos de lei que tramitam na Câmara Federal tratando do tema. Porém, o vereador eleito disse que a intenção é mostrar a indignação como cidadão.
Contra estudos
"Queremos mostrar nossa preocupação com o anúncio do ministro Gushiken sobre os estudos para dividir Mato Grosso. Nos posicionamos contra todo encaminhamento dessa natureza", reclamou Permínio.
De acordo com ele, o governo federal tem uma dívida corrigida de R$ 7 bilhões com o Estado. Isto porque depois da divisão de Mato Grosso, dois programas foram criados para viabilizar a política de implantação, destinando recursos para a infra-estrutura social. Porém, os recursos só teriam sido repassados ao Estado em seis dos 10 anos que estavam no acordo.
Programas
Os programas criados para subsidiar a divisão foram o Programa de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso (Promat) e o Programa de Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul (Prosul).
Tais recursos seriam para que as duas novas unidades da Federação consolidassem as organizações político-administrativas, a curto prazo, para contribuírem com o equilíbrio da balança comercial.
Fonte:
Folha do Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/371989/visualizar/
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