Embrapa combate mexilhão dourado que invadiu o pantanal

Divulgar os problemas ambientais e econômicos provocados pelo mexilhão dourado nos rios da Bacia do Alto Paraguai (BAP) é o objetivo central da campanha educativa que ganha as ruas durante o Festival Internacional de Pesca do Pantanal, evento que acontece no município de Corumbá (MS).

Para isso, representantes das entidades envolvidas nas ações de controle do mexilhão dourado na região desenvolvem atividades diversas no Porto Geral da cidade.

A principal forma de disseminação do mexilhão dourado, espécie exótica que veio da Ásia através da água de lastro dos navios e que invadiu alguns rios Brasileiros, é através do tráfego de embarcações, tanto comerciais quanto de esporte e lazer, explica a pesquisadora da Embrapa Pantanal, Márcia Divina de Oliveira, ressaltando a importância de serem feitas ações de conscientização durante um evento que evidencia o potencial pesqueiro da região.

“Diferentemente dos econômicos, os impactos ambientais da invasão do mexilhão dourado só são percebidos em longo prazo, mas podem comprometer a biodiversidade aquática, constituindo-se num problema de abrangência ambiental e econômica”, destaca a pesquisadora.

Molusco – O mexilhão dourado é um molusco de água doce originário do Sudeste Asiático que invadiu a bacia do Prata em 1991 e já se encontra no rio Paraguai e alguns de seus tributários, constituindo-se em um problema de abrangência ambiental e econômico. Quando adulto, o mexilhão dourado pode atingir até quatro centímetros, formando grandes colônias.

As incrustações causam prejuízo para os sistemas de captação e tratamento de água (grades, bombas e tubulações), nos sistemas de resfriamento de usinas hidrelétricas e embarcações e nas atividades de piscicultura em tanques rede. O mexilhão dourado constituí-se hoje em um problema de abrangência ambiental e econômico.