Líderes vêem imposição de Pedro Henry e deixam PP

Dez dos 14 candidatos a vereador pelo PP de Cuiabá anunciaram ontem desfiliação da sigla. Durante entrevista coletiva concedida na Câmara Municipal, eles alegaram não concordar com a imposição da direção estadual progressista em apoiar o candidato Alexandre Cesar (PT) no segundo turno da disputa pela Prefeitura da Capital.

De acordo com o presidente municipal do PP, vereador Edmilson Prates, os outros correligionários querem participar do processo de discussão de apoio a Alexandre Cesar ou Wilson Santos (PSDB). Ele criticou também o líder nacional do PP na Câmara Federal, deputado Pedro Henry, que teria, segundo sua avaliação, traído os aliados.

"Talvez pelo fato dele não residir em Cuiabá, ele não sabe da nossa realidade. E por isso, está entregando as nossas cabeças ao impor alguma coisa que não foi sequer discutida internamente. Queremos um partido que não tenha mais caciques e que ouça os seus filiados", criticou Edmilson.

Segundo ele, o presidente estadual do PP, Chico Daltro, promoveu uma reunião anteontem e transmitiu a decisão. Quem não concordar, de acordo com Edmilson, deveria sair. "Já está tudo fechado nacionalmente em apoiar o PT. Quem não quiser, que saia do PP: essa é a orientação dada. Por isso, passo a concordar com as críticas do prefeito Túlio Fontes (PFL), de Cáceres, que diz que o Pedro Henry é autoritário".

Saída - Além de Edmilson Prates, o vereador Dito Fiscal e os suplentes Valéria Cardoso, Itamar Will, professor Néwiton Fagundes, Hernandes Gonçalves, José Alcântara, Josdyr Vilhagra, Enfermeiro Francis e Mauro Pedroso também prometem deixar o PP.