Boca-de-urna reduz sem o financiador de campanha

O secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado, Célio Wilson de Oliveira, comemorou ontem o baixo número de ocorrências no dia três de outubro. Para a cúpula da segurança, a aparente tranquilidade nas zonas eleitorais no que se refere ao crime de boca-de-urna se explica principalmente pela prisão do maior financiador de campanhas eleitorais em Mato Grosso, o bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

“Essa foi a primeira grande eleição em que o grande financiador de campanhas políticas não pôde atuar”, disparou Célio Wilson. O secretário complementou que, além do impedimento de empréstimos nas factorings do grupo JAR, os candidatos enfrentaram a greve dos bancos, que contribuiu para a escassez de dinheiro na praça.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Vítor Hugo Metelo, avaliou que, somado aos dois fatores, está o planejamento da segurança nas eleições elaborado durante três meses por uma comissão da PM. O maior número de incidentes foi registrado em Tangará da Serra, onde 133 pessoas foram detidas. Em Cuiabá, foram registradas 15 ocorrências, 14 delas referentes a crime eleitoral.

O segundo município na lista de ocorrências foi Rondonópolis, que teve 107 ocorrências, dentre elas o transporte irregular de 60 eleitores. Na sequência, vieram Barra do Garças (78) e Sinop (63). Em todo o Estado, de acordo com a Secretaria de Segurança, 410 pessoas foram detidas no domingo de eleição.

A Polícia se prepara agora para o segundo turno das eleições em Cuiabá. Um dos coordenadores da comissão de planejamento, coronel Mário Moraes Souza, prevê que a eleição seja tranquila na capital, principalmente porque a segurança nas seções será reforçada.