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Politica Brasil
Terça - 05 de Outubro de 2004 às 06:09

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Na sua primeira visita ao Brasil, o secretário americano de Estado, Colin Powell, se reúne hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Um forte esquema de segurança foi elaborado por Brasil e Estados Unidos para o encontro. A reunião deve tratar de assuntos como a participação do País no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a inspeção da planta de enriquecimento de urânio em Resende (RJ), o projeto de Lula de combate à fome e o reforço da ajuda ao Haiti.

O objetivo geral do encontro é mostrar como anda bem a relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos. "A relação está melhorando e se fortalecendo", disse Powell ontem, ao chegar em São Paulo. "Sei que o presidente George W. Bush tem interesse em fortalecer a boa relação que já mantém com Lula". Powell deixa o Brasil amanhã e deve visitar o Haiti.

"É um gesto político de apreço e o reconhecimento da importância da política externa brasileira", afirmou o diretor-geral do Departamento das Américas do Norte, Central e Caribe do Itamaraty, Marcelo Vasconcelos.

O secretário norte-americano deverá cobrar que o Brasil assine o protocolo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que prevê inspeções mais rigorosas nos países associados. No entanto, Powell não deve manifestar apoio à entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Os Estados Unidos são a favor de uma reforma nas Nações Unidas, mas apóiam até o momento apenas a entrada de Japão e Alemanha no Conselho.

Outros temas que podem ser discutidos na reunião são a guerra no Iraque e a situação política na Venezuela, dividida após o referendo em que saiu vitorioso o presidente Hugo Chávez. "É um ponto de preocupação para o Brasil, EUA e todos os países que querem ver a democracia consolidada na Venezuela", disse Vasconcelos.

Reforço na segurança

De acordo com a Folha de S. Paulo, Powell terá tratamento igual ou melhor do que muitos chefes de Estado em visita ao Brasil. Todos os 81 quartos do último andar de um dos mais luxuosos hotéis de Brasília foram fechados para a segurança do secretário, que contará com seu próprio pessoal armado e com o reforço de policiais brasileiros. Uma diária no hotel custa R$ 8 mil e a suíte presidencial reservada para Powell é usada por reis, rainhas, presidentes e primeiros-ministros em Brasília.

O esquema de segurança vem sendo organizado há cerca de um mês por policiais federais, americanos e representantes do cerimonial do Itamaraty e do Planalto. Um carro não-identificado, composto por policiais dos dois países, fará uma varredura no trajeto da comitiva. Os EUA solicitaram a instalação de detectores de metal e aparelhos de raio-x nos locais que não estavam equipados. Os agentes dos EUA receberam portes provisórios para armas de uso pessoal.

"Dobramos o efetivo de praxe em número de policiais e organizamos o esquema com a colaboração de policiais americanos", disse o chefe do Núcleo de Segurança de Dignitários da Polícia Federal, João Tonello Júnior.




Fonte: Terra

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