Redução embrionária é discutida em simpósio sobre reprodução humana

A redução embrionária foi um dos temas debatidos no simpósio sobre reprodução humana que será realizado até amanhã (2) no Hotel Sheraton, no Rio. A redução embrionária é um procedimento polêmico, não realizado no Brasil, que prevê a eliminação de um ou mais embriões em mulheres submetidas ao tratamento da infertilidade.

A técnica foi apresentada pelo geneticista Mark Evans, diretor do Instituto de Genética e Medicina Fetal do St. Luke’ s-Roosevelt Hospital Center (EUA). Segundo o geneticista, a redução embrionária seria uma forma de preservar a saúde dos fetos em casos de gravidez múltipla. Ele disse que “as chances de paralisia cerebral em gêmeos ou trigêmeos são muito altas. Enquanto na gravidez de um único bebê as chances são de um para 700, em gêmeos são de um para 100 e em trigêmeos de um para 25”.

O encontro reúne ginecologistas e especialistas em reprodução humana do Brasil e de outros países. O tema principal deste ano são as técnicas de baixa complexidade, realizadas em consultório pelos ginecologistas em mulheres com até 35 anos. São técnicas de indução da ovulação para inseminação artificial ou coito programado.

Durante a conferência, os organizadores do simpósio lançaram campanha de esclarecimento sobre a infertilidade. Eles defendem que os ginecologistas brasileiros, durante consultas simples, devem informar as pacientes sobre questões relativas à infertilidade, como forma de reduzir a incidência de casos.