Extensa nuvem de fumaça cobre Rondonópolis

Quem acorda mais cedo tem se deparado com uma espessa cortina de fumaça que cobre toda a cidade, nesse começo de primavera. Os moradores mais antigos de Rondonópolis dizem nunca terem visto tanta fumaça neste período do ano e chegam a comparar a situação da cidade com as localizadas na região Norte de Mato Grosso, onde a incidência das queimadas é maior.

A nuvem de fumaça é proveniente de queimadas na zona rural, de acordo com o fiscal do Meio Ambiente Lindomar Alves. Ele garante que os incêndios urbanos já estão controlados, mas o fim do período proibitivo de queimadas para áreas de plantio piorou a situação.

“Se os proprietários rurais tiverem autorização, nada pode ser feito. Essa nuvem de fumaça de agora é culpa de uma grande queimada em uma área próxima à reserva indígena Tadarimana”, declarou Lindomar. O Corpo de Bombeiros e o Ibama informaram não ter recebido denúncias sobre a queimada.

O fiscal do Meio Ambiente é responsável apenas pelas queimadas do perímetro urbano, onde foram registrados 70 focos em setembro. Mas ele explica que o fogo na zona rural leva ao clima ruim. “A fumaça das queimadas autorizadas no entorno da cidade é trazida graças ao vento”.

No Ibama, técnicos ambientais alegam que a nuvem de fumaça também é causada pelo despejo das chaminés das fábricas localizadas no Distrito Industrial. Por causa da baixa umidade relativa do ar, é difícil solucionar o problema.