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Politica Brasil
Terça - 28 de Setembro de 2004 às 21:45

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“A reunião realizada nesta terça-feira (27), em Cáceres com a cúpula da segurança pública de Mato Grosso, foi bastante produtiva. Tivemos a oportunidade de saber como funciona o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) que depois de instalado mudou a realidade da nossa região que melhorou cem por cento”, afirma o presidente da Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR-MT), Ricardo Borges de Castro Cunha, se referindo a fronteira.

Segundo ele, Nas primeiras reuniões, feitas há mais ou menos três anos, entre os produtores e prefeitos da região, a principal preocupação era a segurança pública. Em segundo lugar aparecia a ratificação dos títulos das terras da fronteira.

Castro Cunha afirma que com a eficiente atuação do Gefron, a segurança pública deixou de ser um grande problema para a população desta região. “A tranqüilidade voltou a reinar e os investidores, aos poucos, estão voltando a desenvolver seus negócios. Com isso, a economia está sendo aquecida novamente, criando assim, um clima de otimismo que, certamente, vai gerar muitos empregos, receitas e renda para esta região e, conseqüentemente, para o Estado”, declara Castro Cunha.

Durante a reunião realizada em Cáceres, a principal reivindicação da APR-MT foi o cumprimento das liminares de reintegração de posse que já foram concedidas e ainda não cumpridas. “O governador Blairo Maggi herdou do governo anterior cerca de 160 liminares, e está cumprindo de acordo com o possível. Isso nos deixa mais otimistas, porque o governador Dante de Oliveira, em seus oito anos de administração, cumpriu, apenas, quatro ou cinco liminares de reintegração de posse”, ressalta o presidente.

Com relação à Fazenda São Paulo, localizada no município de Mirassol do Oeste, de propriedade de Paulo Mendonça, um dos pioneiros e fundadores de Mirassol do Oeste, o secretário de Segurança Publica, Célio Wilson garantiu que a liminar de reintegração de posse será cumprida assim que for possível. “Estamos trabalhando, mas não podemos falar em datas específicas”, disse o secretário.

É importante destacar que a liminar de reintegração de posse da fazenda São Paulo foi concedida em 2002. Apesar da fazenda estar invadida, a família Mendonça continua trabalhando e de acordo com Alexandre Mendonça, a área que ainda está sob a administração da família foi considerada muito produtiva pelo próprio Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “A produtividade da fazenda chegou a 94%. Graças a Deus ainda temos forças para trabalhar e gerar emprego e renda”, revela Alexandre, emocionado com a situação.

De acordo com o presidente da APR-MT, o acampamento do MST, instalado na Fazenda São Paulo, tem gerado preocupação para os proprietários rurais que vivem na região. “O local já se tornou abrigo para bandidos e marginais que usam a bandeira do movimento para se esconder da Justiça. Além disso, os integrantes do MST, instalados neste acampamento, são acostumados a interditar a estrada causando transtornos à população e impedindo o direito de ir e vir das pessoas. O pior de tudo é que já fizeram vários saques de cargas provocando medo e pânico nos motoristas que são obrigadas a transitar nesta região”, ressalta o presidente, que acredita que com a reintegração de posse as famílias que vivem no acampamento retornem as suas cidades de origem.




Fonte: Midia News

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