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Fapemat incentiva o crescimento da pesquisa local
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) anunciou no mês de setembro os projetos de pesquisa selecionados pelos editais induzido e universal, lançados em junho. Ao todo foram 39 projetos selecionados pelo edital universal e 18 pelo edital induzido.
Melhorar a qualidade da fruticultura em Mato Grosso, apontando-a como alternativa ao pequeno produtor é o objetivo do projeto “Produção de material propagativo e tecnologias apropriadas ao desenvolvimento da fruticultura em pequenas propriedades”, coordenado pelo professor João Pedro Valente, da UFMT, aprovada para financiamento da Fapemat. O projeto surgiu à partir de um programa de desenvolvimento da fruticultura de Mato Grosso e atende a um dos problemas observados no setor: a falta de material genético, isto é, de mudas para a disseminação das espécies.
O projeto visa analisar genótipos de plantas do cerrado, da Amazônia e plantas exóticas, avaliando seu comportamento perante as condições de solo e climáticas de Mato Grosso. Também tem como objetivo analisar o comportamento de variedades já cultivadas da mesma espécie, a fim de montar um banco de germoplasma que servirá tanto para a confirmação desse comportamento quanto para doação aos produtores interessados em cultivar essas espécies. “O produtor terá certeza de estar levando a garantia da qualidade genética e sanitária”, observa João Pedro Valente. “Ele precisa ter alternativas, uma vez que não pode ingressar no plantio de soja ou de algodão. Além disso, essas culturas fazem parte de um ciclo que um dia irá terminar; precisa haver outras opções de plantio”, disse ele.
VÍRUS - Isolar o vírus da hepatite E em animais é o objetivo do projeto “Isolamento de vírus da hepatite E em suínos no Mato Grosso”. “Esse vírus pode, eventualmente, infectar o homem que se alimente da carne do animal”, observa o professor Francisco José Dutra Souto, coordenador do projeto. Ele explica que o objetivo do projeto é submeter o vírus à análise genética, a fim de saber se ele é diferente dos vírus encontrados em outras partes do mundo. “A seleção e coleta de sangue será feita por uma equipe da Medicina Veterinária e as análises do material serão feitas por pesquisadores da Medicina” explica o professor João Caramori Jr, integrante da equipe de pesquisa.
HISTÓRIA - A ONG Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss) também foi contemplada pelo edital para desenvolver o estudo “Levantamento histórico dos Engenhos dos Séculos XVIII e XIX do município de Chapada dos Guimarães”, no qual uma das coordenadoras é a professora Sibele de Moraes. Ela explica que a primeira ação do grupo de pesquisa será identificar as fazendas que tiveram engenho no município. “Existem cerca de 33 fazendas com engenho de cana-de-açúcar e de aguardente em Chapada”, diz a professora. Após o levantamento documental, será feito o levantamento dos portes das fazendas e, posteriormente, um trabalho de arqueologia. “Quando se fala em Mato Grosso pensa-se muito em mineração e pouco em engenho. Com esse financiamento, a Fapemat está contribuindo para conservação da memória de Chapada dos Guimarães.”
EXPERIMENTAÇÃO - Saber a relação entre a desnutrição intra-uterina e durante a lactação com o desenvolvimento de obesidade ou diabetes na fase adulta é o objetivo do projeto coordenado pela professora Márcia Queiroz Latorraca, do departamento de Nutrição da UFMT. O trabalho será feito com ratas prenhes, que receberão alimentação pobre em proteína durante a gravidez e no período de amamentação. Os filhotes terão seus pâncreas analisados a fim de se conhecer o nível de produção de insulina. Os animais serão, então, recuperados durante três meses com uma dieta à base de farinha de soja. “A soja melhora a produção e a ação da insulina”, explica Márcia. O projeto é desenvolvido em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp). Com a verba que será repassada pela Fapemat, o grupo pretende equipar seus laboratórios.
ÁREAS DE PASTAGEM - Cerca de 80% das as áreas de pastagem podem estar comprometidas pela degradação. A recuperação dessas áreas será tratada no estudo “Recuperação de pastagens degradadas no Sudoeste de Mato Grosso”, coordenado pelo professor Jorge Luis Schirmer. “Há uma cultura entre os produtores de não recolocarem o que retiram do solo”, observa ele, chamando a atenção para o hábito da monocultura de pastagem (isto é, o plantio apenas da espécie brachiaria brizantha), que fez com que uma de suas pragas – a cigarrinha – se adaptasse. Uma das alternativas que será testada pelo grupo de pesquisa é a de integração lavoura-pecuária, combinação da atividade da pecuária com o plantio de soja. O projeto envolve 13 municípios, entre eles Tangará da Serra, Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Denise e Arenápolis.
Melhorar a qualidade da fruticultura em Mato Grosso, apontando-a como alternativa ao pequeno produtor é o objetivo do projeto “Produção de material propagativo e tecnologias apropriadas ao desenvolvimento da fruticultura em pequenas propriedades”, coordenado pelo professor João Pedro Valente, da UFMT, aprovada para financiamento da Fapemat. O projeto surgiu à partir de um programa de desenvolvimento da fruticultura de Mato Grosso e atende a um dos problemas observados no setor: a falta de material genético, isto é, de mudas para a disseminação das espécies.
O projeto visa analisar genótipos de plantas do cerrado, da Amazônia e plantas exóticas, avaliando seu comportamento perante as condições de solo e climáticas de Mato Grosso. Também tem como objetivo analisar o comportamento de variedades já cultivadas da mesma espécie, a fim de montar um banco de germoplasma que servirá tanto para a confirmação desse comportamento quanto para doação aos produtores interessados em cultivar essas espécies. “O produtor terá certeza de estar levando a garantia da qualidade genética e sanitária”, observa João Pedro Valente. “Ele precisa ter alternativas, uma vez que não pode ingressar no plantio de soja ou de algodão. Além disso, essas culturas fazem parte de um ciclo que um dia irá terminar; precisa haver outras opções de plantio”, disse ele.
VÍRUS - Isolar o vírus da hepatite E em animais é o objetivo do projeto “Isolamento de vírus da hepatite E em suínos no Mato Grosso”. “Esse vírus pode, eventualmente, infectar o homem que se alimente da carne do animal”, observa o professor Francisco José Dutra Souto, coordenador do projeto. Ele explica que o objetivo do projeto é submeter o vírus à análise genética, a fim de saber se ele é diferente dos vírus encontrados em outras partes do mundo. “A seleção e coleta de sangue será feita por uma equipe da Medicina Veterinária e as análises do material serão feitas por pesquisadores da Medicina” explica o professor João Caramori Jr, integrante da equipe de pesquisa.
HISTÓRIA - A ONG Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (Ecoss) também foi contemplada pelo edital para desenvolver o estudo “Levantamento histórico dos Engenhos dos Séculos XVIII e XIX do município de Chapada dos Guimarães”, no qual uma das coordenadoras é a professora Sibele de Moraes. Ela explica que a primeira ação do grupo de pesquisa será identificar as fazendas que tiveram engenho no município. “Existem cerca de 33 fazendas com engenho de cana-de-açúcar e de aguardente em Chapada”, diz a professora. Após o levantamento documental, será feito o levantamento dos portes das fazendas e, posteriormente, um trabalho de arqueologia. “Quando se fala em Mato Grosso pensa-se muito em mineração e pouco em engenho. Com esse financiamento, a Fapemat está contribuindo para conservação da memória de Chapada dos Guimarães.”
EXPERIMENTAÇÃO - Saber a relação entre a desnutrição intra-uterina e durante a lactação com o desenvolvimento de obesidade ou diabetes na fase adulta é o objetivo do projeto coordenado pela professora Márcia Queiroz Latorraca, do departamento de Nutrição da UFMT. O trabalho será feito com ratas prenhes, que receberão alimentação pobre em proteína durante a gravidez e no período de amamentação. Os filhotes terão seus pâncreas analisados a fim de se conhecer o nível de produção de insulina. Os animais serão, então, recuperados durante três meses com uma dieta à base de farinha de soja. “A soja melhora a produção e a ação da insulina”, explica Márcia. O projeto é desenvolvido em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp). Com a verba que será repassada pela Fapemat, o grupo pretende equipar seus laboratórios.
ÁREAS DE PASTAGEM - Cerca de 80% das as áreas de pastagem podem estar comprometidas pela degradação. A recuperação dessas áreas será tratada no estudo “Recuperação de pastagens degradadas no Sudoeste de Mato Grosso”, coordenado pelo professor Jorge Luis Schirmer. “Há uma cultura entre os produtores de não recolocarem o que retiram do solo”, observa ele, chamando a atenção para o hábito da monocultura de pastagem (isto é, o plantio apenas da espécie brachiaria brizantha), que fez com que uma de suas pragas – a cigarrinha – se adaptasse. Uma das alternativas que será testada pelo grupo de pesquisa é a de integração lavoura-pecuária, combinação da atividade da pecuária com o plantio de soja. O projeto envolve 13 municípios, entre eles Tangará da Serra, Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Denise e Arenápolis.
Fonte:
Secom - MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/373859/visualizar/
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