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Não basta uma boa idéia!
Recente pesquisa do Sebrae, realizada em todo o país com quase 6 mil empreendedores, constatou que 96 % das empresas que fecharam suas portas são pequenas e microempresas (de um a vinte empregados e faturamento anual inferior a 800 mil reais).
Quanto menor o porte da empresa, maior é a mortalidade!
Os fatores que levam ao fechamento são basicamente três, segundo a pesquisa: alto custo dos empréstimos e financiamentos, alta carga tributária e a falta de organização e planejamento do negócio.
Em países desenvolvidos, o percentual de fechamento de pequenas empresas fica entre 20 a 40%. Adotam um sistema tributário mais justo, simples e desburocratizado, além das facilidades em se obter empréstimos, pagando juros de 1 ou 2% ao ano.
É muito mais fácil de obter um financiamento para a compra de um veículo novo, para uma viagem, ou para um eletrodoméstico do que para o capital de giro ou a ampliação de um pequeno negócio. O sistema favorece o consumo e não a produção e a geração de emprego e renda.
Já não é de hoje que sabemos que os maiores empregadores são as micro e pequenas empresas. Faça uma análise rápida, das pessoas do seu círculo familiar e de amizades e conte quantas trabalham em grandes empresas.
Em Mato Grosso esse fenômeno é ainda mais acentuado, devido ao baixo índice de industrialização do estado. São poucas grandes indústrias instaladas e os maiores empregadores, tanto na capital quanto no interior, são o estado, o comércio, a prestação de serviços e o agronegócio.
A carga tributária brasileira é uma das maiores do mundo, entre os países em desenvolvimento, média de 34% do faturamento bruto das empresas. Em nosso estado, temos ainda as maiores alíquotas do país em vários produtos, como energia elétrica, telefone e combustíveis.
Apesar da escassez de crédito, das altas taxas de juros e da carga tributária excessiva, não é justo jogar toda a responsabilidade pelo fechamento das empresas em cima das costas do estado. De maneira geral os empreendedores e empresários são desqualificados, despreparados e desorganizados.
Raras vezes você vê um empreendedor fazendo uma pesquisa de mercado na cidade ou no bairro antes de instalar seu negócio. Raras vezes, procura o Sebrae ou outras entidades de apoio e fomento a atividade empresarial. Mais raro ainda é ver um empreendedor procurando uma associação de classe ou um sindicato para obter informações sobre o mercado, seu negócio e as restrições locais.
Tenho vários amigos, colegas e conhecidos que passaram por experiências desastrosas na vida empresarial, chegando até a fechar seu negócio antes de um ano de vida. Todos sem exceção tinham uma boa idéia na cabeça, algum dinheiro no bolso e pouca, pouquíssima informação sobre o mercado e sobre o que o cliente precisa e deseja.
Somente uma boa idéia não basta!
È necessário conhecimento, organização e profissionalismo.
João Carlos Caldeira
Empresário, jornalista, especialista em administração de turismo, hotelaria e lazer.
E-mail: joaocmc@terra.com.br
Quanto menor o porte da empresa, maior é a mortalidade!
Os fatores que levam ao fechamento são basicamente três, segundo a pesquisa: alto custo dos empréstimos e financiamentos, alta carga tributária e a falta de organização e planejamento do negócio.
Em países desenvolvidos, o percentual de fechamento de pequenas empresas fica entre 20 a 40%. Adotam um sistema tributário mais justo, simples e desburocratizado, além das facilidades em se obter empréstimos, pagando juros de 1 ou 2% ao ano.
É muito mais fácil de obter um financiamento para a compra de um veículo novo, para uma viagem, ou para um eletrodoméstico do que para o capital de giro ou a ampliação de um pequeno negócio. O sistema favorece o consumo e não a produção e a geração de emprego e renda.
Já não é de hoje que sabemos que os maiores empregadores são as micro e pequenas empresas. Faça uma análise rápida, das pessoas do seu círculo familiar e de amizades e conte quantas trabalham em grandes empresas.
Em Mato Grosso esse fenômeno é ainda mais acentuado, devido ao baixo índice de industrialização do estado. São poucas grandes indústrias instaladas e os maiores empregadores, tanto na capital quanto no interior, são o estado, o comércio, a prestação de serviços e o agronegócio.
A carga tributária brasileira é uma das maiores do mundo, entre os países em desenvolvimento, média de 34% do faturamento bruto das empresas. Em nosso estado, temos ainda as maiores alíquotas do país em vários produtos, como energia elétrica, telefone e combustíveis.
Apesar da escassez de crédito, das altas taxas de juros e da carga tributária excessiva, não é justo jogar toda a responsabilidade pelo fechamento das empresas em cima das costas do estado. De maneira geral os empreendedores e empresários são desqualificados, despreparados e desorganizados.
Raras vezes você vê um empreendedor fazendo uma pesquisa de mercado na cidade ou no bairro antes de instalar seu negócio. Raras vezes, procura o Sebrae ou outras entidades de apoio e fomento a atividade empresarial. Mais raro ainda é ver um empreendedor procurando uma associação de classe ou um sindicato para obter informações sobre o mercado, seu negócio e as restrições locais.
Tenho vários amigos, colegas e conhecidos que passaram por experiências desastrosas na vida empresarial, chegando até a fechar seu negócio antes de um ano de vida. Todos sem exceção tinham uma boa idéia na cabeça, algum dinheiro no bolso e pouca, pouquíssima informação sobre o mercado e sobre o que o cliente precisa e deseja.
Somente uma boa idéia não basta!
È necessário conhecimento, organização e profissionalismo.
João Carlos Caldeira
Empresário, jornalista, especialista em administração de turismo, hotelaria e lazer.
E-mail: joaocmc@terra.com.br
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/373938/visualizar/
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