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Repórter News - reporternews.com.br
Meio Ambiente
Segunda - 27 de Setembro de 2004 às 08:29

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As águas do rio Cuiabá são impróprias para consumo e ao banho devido ao significativo aumento de coliformes fecais na área urbana do rio, principalmente no trecho entre a Passagem da Conceição (Várzea Grande) até Santo Antônio de Leverger, segundo análises que vêm sendo feitas por biólogos da Fema. A causa apontada seria o esgoto que cai diretamente no rio.

Até a pesca não é recomendada pela Fema.

Das praias de 15 municípios de Mato Grosso, que também passaram por análises, cinco delas foram avaliadas impróprias para o consumo das águas e também para a banho, ou seja, não oferece condições destinadas à recreação de contato primário como natação, mergulho ou esqui.

Cerca de 33 praias tiveram a qualidade das águas analisadas e dentre as que foram consideradas impróprias, estão Praia Grande e Bom Sucesso, em Várzea Grande (Rio Cuiabá); Cachoeirinha, Chapada dos Guimarães; Praia da Carne Seca, Cáceres; e a Praia de Santo Antônio de Leverger.

Os lugares escolhidos para análise, segundo a bióloga da Fema, Marizete Lucília da Silva, foram aqueles onde há maior freqüência da população e onde, geralmente, acontecem os festivais de praia, de pesca e existem os balneários.

De acordo com Marizete, para a avaliação da qualidade das águas, alguns critérios são estabelecidos e estes devem estar baseados em indicadores que são monitorados para a identificação das condições para consumo ou recreação nos locais determinados.

Marizete relatou que a avaliação da balneabilidade de uma praia requer análise bacteriológica da água. Disse que a presença de coliformes, necessariamente não torna a água imprópria para o consumo, no entanto, o perigo está nos tipos e quantidades de bactérias neles existentes.

Conforme relatou a bióloga Adélia Alves de Araújo, da Fema, as coletas para monitoramento da qualidade da água do Rio Cuiabá, têm sido feitas desde 1995, no entanto, nos últimos anos ficou constatado que aumentou muito a quantidade de coliformes fecais na área urbana, por causa do esgoto. “À medida que vai descendo o rio, a transparência da água vai diminuindo”, destacou.

Por causa da análise conclusiva da qualidade da água das praias, as biólogas disseram que algumas prefeituras já estão sendo notificadas pela Fema para que de imediato, ao menos, sinalizem as praias que foram reprovadas para uso, para evitar que as pessoas continuem tomando banho nesses lugares.

Análises

Após a coleta da água dos rios, praias ou lagoas que vão ser analisados, os biólogos levam as amostras para o laboratório da Coordenadoria de Planejamento e Pesquisa de Recursos Hídricos, onde o procedimento é realizado, seguindo as recomendações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), para as condições específicas da qualidade ideal de consumo da água.




Fonte: Folha do Estado

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