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Próxima Expedição Estradeiro vai até a Bolívia
A integração do Brasil e conseqüentemente dos Estados da região Centro Oeste com o Pacífico passa pela melhoria das entradas até a Bolívia, rota que permitiria o escoamento das produções agrícolas e industriais através de portos no Peru e Chile. Isso reduziria a distância em torno de 7,4 mil quilômetros até os portos asiáticos. Só que para isso ser viabilizado, investimentos em infra-estrutura precisam ser feitos, incluindo o asfaltamento de um trecho de 420 quilômetros entre San Mathias, no lado boliviano e Concepción.
Para avaliar a condição dessa estrada e discutir a integração não só econômica, mas também cultural e educacional, o Consulado da Bolívia em Mato Grosso convidou o Governo do Estado de Mato Grosso para realizar um Estradeiro entre Cuiabá e Santa Cruz de la Sierra, nos moldes do programa aplicado com sucesso em Mato Grosso pelo governador Blairo Maggi.
O convite para o que o Estado participe desse Estradeiro foi feito ao governador Blairo Maggi na manhã desta sexta-feira (17.09) pelo cônsul da Bolívia em Mato Grosso, Edmundo Pilar Roca Beck. “O governador Blairo Maggi aceitou com entusiasmo a idéia. O Estradeiro será realizado após as eleições, provavelmente na primeira semana de novembro”, disse o cônsul. O trajeto feito pela comitiva, que sairia bem cedo de Cuiabá, é calculado em 1.059 quilômetros. Abrange Cuiabá/Cáceres (225 km), Cáceres/Fronteira-Posto Corixo (90 km), Fronteira/ San Matias (10 km), San Matias/São Vicente (178 km), São Vicente/San Inácio (102 km), San Inácio/De Velasco-Concepción (162 km), Concepción/San Xavier (60 km), San Xavier/San Ramon (40 km), e de San Ramon a Santa Cruz de La Sierra (192 km).
De acordo com a programação feita pelo cônsul, a comitiva deverá chegar a Santa Cruz de la Sierra à noite. No dia seguinte, está sendo programado um primeiro seminário em Santa Cruz que reunirá autoridades do Brasil e Bolívia – com representante do Ministério das Relações Exteriores, políticos e empresários dos dois países. Entre os assuntos a serem discutidos, estão os investimentos comuns a serem feitos para o desenvolvimento econômico e social de uma região que vai de Cáceres até o Departamento de Santa Cruz.
“Santa Cruz hoje é um pólo muito importante que reúne investimentos tanto na área industrial, como agrícola — e também no setor da educação. Grande parte dos estudantes, principalmente os de Medicina, são brasileiros”, disse o cônsul. No setor da agricultura, 25% dos produtores de soja daquela região são brasileiros, muitos deles oriundos de Mato Grosso.
O governo boliviano assinou no início de agosto um contrato de financiamento de US$ 600 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos serão destinados a investimentos na infra-estrutura, petroquímica e termoelétrica. A discussão é se parte destes recursos poderia ser utilizada na pavimentação do trecho entre San Mathias e Concepción, cujo valor da obra está orçado em US$ 50 milhões e é uma reivindicação antiga dos dois países. No lado de Mato Grosso do Sul, a ligação com Santa Cruz de la Sierra é feita via Corumbá, a partir da cidade boliviana de Puerto Suarez (divisa com o Brasil). E entre os investimentos está o asfaltamento do trecho da divisa até Roboré, que faz parte da ligação bioceânica Atlântico-Pacífico.
Com o trecho de 420 km concluídos, entre San Mathias a Concepción, seria possível ligar Mato Grosso até os portos que fazem a ligação com o Pacífico. Para o Porto de Arica, no Chile. Pelo lado de Mato Grosso, o trajeto passa por Santa Cruz, Cochabamba. Depois se sobe até a capital boliviana La Paz, para então descer até Arica. De Mato Grosso do Sul, por rodovia, segue-se de Corumbá até Santa Cruz. De ferrovia, o traçado sai de Corumbá, vai até Santa Cruz, desce para Salta, na Argentina, volta para a Bolívia até La Paz, para daí chegar a Arica, no Chile. Até hoje nenhuma empresa brasileira fez este percurso. Para se chegar aos portos peruanos a partir de Mato Grosso, o transporte da produção pode ser feito a partir de Cáceres via Bolívia até Arequipa. Dali o embarque pode ser feito nos portos de Matarone e Ilo, ou também por Tácina, que faz limite com o Chile.
Para avaliar a condição dessa estrada e discutir a integração não só econômica, mas também cultural e educacional, o Consulado da Bolívia em Mato Grosso convidou o Governo do Estado de Mato Grosso para realizar um Estradeiro entre Cuiabá e Santa Cruz de la Sierra, nos moldes do programa aplicado com sucesso em Mato Grosso pelo governador Blairo Maggi.
O convite para o que o Estado participe desse Estradeiro foi feito ao governador Blairo Maggi na manhã desta sexta-feira (17.09) pelo cônsul da Bolívia em Mato Grosso, Edmundo Pilar Roca Beck. “O governador Blairo Maggi aceitou com entusiasmo a idéia. O Estradeiro será realizado após as eleições, provavelmente na primeira semana de novembro”, disse o cônsul. O trajeto feito pela comitiva, que sairia bem cedo de Cuiabá, é calculado em 1.059 quilômetros. Abrange Cuiabá/Cáceres (225 km), Cáceres/Fronteira-Posto Corixo (90 km), Fronteira/ San Matias (10 km), San Matias/São Vicente (178 km), São Vicente/San Inácio (102 km), San Inácio/De Velasco-Concepción (162 km), Concepción/San Xavier (60 km), San Xavier/San Ramon (40 km), e de San Ramon a Santa Cruz de La Sierra (192 km).
De acordo com a programação feita pelo cônsul, a comitiva deverá chegar a Santa Cruz de la Sierra à noite. No dia seguinte, está sendo programado um primeiro seminário em Santa Cruz que reunirá autoridades do Brasil e Bolívia – com representante do Ministério das Relações Exteriores, políticos e empresários dos dois países. Entre os assuntos a serem discutidos, estão os investimentos comuns a serem feitos para o desenvolvimento econômico e social de uma região que vai de Cáceres até o Departamento de Santa Cruz.
“Santa Cruz hoje é um pólo muito importante que reúne investimentos tanto na área industrial, como agrícola — e também no setor da educação. Grande parte dos estudantes, principalmente os de Medicina, são brasileiros”, disse o cônsul. No setor da agricultura, 25% dos produtores de soja daquela região são brasileiros, muitos deles oriundos de Mato Grosso.
O governo boliviano assinou no início de agosto um contrato de financiamento de US$ 600 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos serão destinados a investimentos na infra-estrutura, petroquímica e termoelétrica. A discussão é se parte destes recursos poderia ser utilizada na pavimentação do trecho entre San Mathias e Concepción, cujo valor da obra está orçado em US$ 50 milhões e é uma reivindicação antiga dos dois países. No lado de Mato Grosso do Sul, a ligação com Santa Cruz de la Sierra é feita via Corumbá, a partir da cidade boliviana de Puerto Suarez (divisa com o Brasil). E entre os investimentos está o asfaltamento do trecho da divisa até Roboré, que faz parte da ligação bioceânica Atlântico-Pacífico.
Com o trecho de 420 km concluídos, entre San Mathias a Concepción, seria possível ligar Mato Grosso até os portos que fazem a ligação com o Pacífico. Para o Porto de Arica, no Chile. Pelo lado de Mato Grosso, o trajeto passa por Santa Cruz, Cochabamba. Depois se sobe até a capital boliviana La Paz, para então descer até Arica. De Mato Grosso do Sul, por rodovia, segue-se de Corumbá até Santa Cruz. De ferrovia, o traçado sai de Corumbá, vai até Santa Cruz, desce para Salta, na Argentina, volta para a Bolívia até La Paz, para daí chegar a Arica, no Chile. Até hoje nenhuma empresa brasileira fez este percurso. Para se chegar aos portos peruanos a partir de Mato Grosso, o transporte da produção pode ser feito a partir de Cáceres via Bolívia até Arequipa. Dali o embarque pode ser feito nos portos de Matarone e Ilo, ou também por Tácina, que faz limite com o Chile.
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Mídia News
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