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Politica Brasil
Terça - 14 de Setembro de 2004 às 08:45
Por: Marcy Monteiro Neto

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Candidatos do interior de Mato Grosso estão usando o nome do jornal Folha do Estado para divulgar falsas pesquisas de intenção de voto. Panfletos com as supostas pesquisas foram encontrados no município de Barão de Melgaço, onde cinco candidatos concorrem ao cargo de prefeito. Os supostos índices jamais foram publicados pelo jornal Folha do Estado.

Uma cópia do panfleto foi entregue à direção do jornal por meio de uma denúncia anônima. Os impressos, que medem 12cm x 20cm, trazem uma cópia da página do jornal Folha do Estado na internet. No folheto está impresso o nome do jornal com a suposta data de veiculação das notícias, 8 de setembro. Logo abaixo constam os resultados de oito pesquisas de intenção de voto. Sob o título "Baixada Cuiabana apontam novas lideranças para as Eleições de 2004" (sic), estão os percentuais de pesquisas de intenção de voto de candidatos das seguintes cidades: Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Barão de Melgaço, Santo Antônio de Leverger, Acorizal e Chapada dos Guimarães.

A fraude é evidente ao analisar a página do jornal na internet e o material impresso, onde são suprimidas as demais notícias, o cabeçalho e outros elementos gráficos. Recheada de erros gramaticais, a matéria das pesquisas dá destaque a alguns candidatos que concorrem às eleições nos municípios do interior.

O folheto traz também uma matéria que foi publicada no jornal Folha do Estado sobre o tiroteio em um comício, como se constasse na edição do dia 8 de setembro. Porém, no dia 7 foi feriado e não houve expediente na redação do jornal. A referida reportagem foi publicada na edição do dia 9 e não no dia 8, como tenta fazer crer o folheto.

A matéria sobre as supostas pesquisas não traz os nomes dos institutos que as realizaram, nem o período em que foram feitas. De acordo com a Legislação Eleitoral, a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com prisão de seis meses a um ano e multa que pode ultrapassar R$ 100 mil.




Fonte: Folha do Estado

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