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Ex-secretário teve grande movimentação
Documentos emitidos pelo Banco Central a partir da quebra do sigilo bancário e fiscal da Confiança Factoring Fomento Mercantil Ltda – pertencente a João Arcanjo Ribeiro - mostram que o ex-secretário de Segurança Pública durante o governo Dante de Oliveira, Hilário Mozer Neto, depositou na conta da Confiança a importância de R$ 1.482.047 nos anos de 1998 e 2001. Em apenas seis meses do ano de 2001, os depósitos atingiram a cifra de R$ 1.369.172. Naquele ano ele não era mais secretário.
Em dezembro passado, ao julgar um dos processos contra Arcanjo (no qual ele e mais seis integrantes da organização foram condenados), o juiz Julier Sebastião da Silva, atendendo a solicitação do Ministério Público Federal (MPF), também determinou na sentença que a Polícia Federal abrisse onze inquéritos, entre eles contra Mozer, que apareceu nas investigações como tendo recebido da empresa de factoring R$ 240 mil.
Com base em documentos apreendidos no ano passado pela Direccioón Nacional de Información e Inteligencia (DNII) no Uruguai, na casa de um contador e também na casa onde morava Arcanjo até ele ser preso no mês de abril pela polícia, descobriu-se, também, que Mozer chegou a ocupar o posto de presidente da empresa Gamza S.A., uma off shore pertencente a Arcanjo. A reportagem procurou pelo ex-secretário para que ele esclarecesse as transações feitas com Arcanjo, mas não conseguiu localizá-lo. A informação é que ele está morando em Chapada dos Guimarães. Em junho passado, quando foram divulgados os documentos, ele negou qualquer envolvimento com João Arcanjo Ribeiro
O inquérito contra Hilário Mozer Neto está em andamento na Polícia Federal e ainda não se tem data para concluí-lo, já que algumas diligências foram feitas e outras estão em execução. Compete à PF, que pediu dilação do prazo à Justiça, investigar quais eram as relações de Mozer com a organização comandada por João Arcanjo Ribeiro. O MPF quer saber porque um homem a quem cabia zelar pela segurança pública no Estado mantinha, em tese, sociedade com Arcanjo, acusado de comandar o crime organizado em Mato Grosso e com ramificações em vários estados brasileiros. As transferências entre a Confiança Factoring e Mozer, bem como se estas transações foram declaradas à Receita Federal, estão sendo alvo de investigação.
O levantamento feito pelo Banco Central nas contas das factorings ligadas a Arcanjo abrange o período de 1° de janeiro de 1995 a 30 de abril de 2003. Hilário Mozer fez cinco depósitos numa conta que a Confiança mantinha numa agência do Banco de Crédito Nacional (que acabou sendo vendido para o Bradesco), conforme consta da quebra de sigilo bancário. O primeiro depósito foi feito no dia 25 de maio de 1998 e o valor foi de R$ 112.875. Em 2001, quando não era mais secretário, Mozer fez mais quatro depósitos na mesma conta. Foram duas parcelas de R$ 263.532 depositadas nos dias 17 de abril e 21 de setembro de 2001 e mais dois depósitos, cada um no valor de R$ 421.054, efetuados nos dias 25 de outubro e 29 de outubro do mesmo ano. O dinheiro do primeiro depósito feito por Mozer (em 1998) na conta da Confiança saiu do banco HSBC e os outros quatro de uma conta do Banco do Brasil.
A Confiança Factoring, conforme depoimento do ex-gerente-geral das factorings de Arcanjo, Nilson Roberto Teixeira, funcionava como um verdadeiro banco, concedendo empréstimos pessoais a pessoas físicas, em fragrante desrespeito à legislação, que só permite operações das empresas de fomento com pessoas jurídicas. Uma das pessoas beneficiadas com tais empréstimos, segundo Teixeira, que está preso no Pascoal Ramos, foi justamente Hilário Mozer, que recebeu da Confiança R$ 240 mil, conforme consta na sentença assinada pelo juiz Julier no dia 16 de dezembro. Este valor foi repassado a Mozer em três cheques nos valores de R$ 75 mil, R$ 80 mil e R$ 85 mil, debitados na conta da Confiança no dia 15 de fevereiro de 2001.
Em dezembro passado, ao julgar um dos processos contra Arcanjo (no qual ele e mais seis integrantes da organização foram condenados), o juiz Julier Sebastião da Silva, atendendo a solicitação do Ministério Público Federal (MPF), também determinou na sentença que a Polícia Federal abrisse onze inquéritos, entre eles contra Mozer, que apareceu nas investigações como tendo recebido da empresa de factoring R$ 240 mil.
Com base em documentos apreendidos no ano passado pela Direccioón Nacional de Información e Inteligencia (DNII) no Uruguai, na casa de um contador e também na casa onde morava Arcanjo até ele ser preso no mês de abril pela polícia, descobriu-se, também, que Mozer chegou a ocupar o posto de presidente da empresa Gamza S.A., uma off shore pertencente a Arcanjo. A reportagem procurou pelo ex-secretário para que ele esclarecesse as transações feitas com Arcanjo, mas não conseguiu localizá-lo. A informação é que ele está morando em Chapada dos Guimarães. Em junho passado, quando foram divulgados os documentos, ele negou qualquer envolvimento com João Arcanjo Ribeiro
O inquérito contra Hilário Mozer Neto está em andamento na Polícia Federal e ainda não se tem data para concluí-lo, já que algumas diligências foram feitas e outras estão em execução. Compete à PF, que pediu dilação do prazo à Justiça, investigar quais eram as relações de Mozer com a organização comandada por João Arcanjo Ribeiro. O MPF quer saber porque um homem a quem cabia zelar pela segurança pública no Estado mantinha, em tese, sociedade com Arcanjo, acusado de comandar o crime organizado em Mato Grosso e com ramificações em vários estados brasileiros. As transferências entre a Confiança Factoring e Mozer, bem como se estas transações foram declaradas à Receita Federal, estão sendo alvo de investigação.
O levantamento feito pelo Banco Central nas contas das factorings ligadas a Arcanjo abrange o período de 1° de janeiro de 1995 a 30 de abril de 2003. Hilário Mozer fez cinco depósitos numa conta que a Confiança mantinha numa agência do Banco de Crédito Nacional (que acabou sendo vendido para o Bradesco), conforme consta da quebra de sigilo bancário. O primeiro depósito foi feito no dia 25 de maio de 1998 e o valor foi de R$ 112.875. Em 2001, quando não era mais secretário, Mozer fez mais quatro depósitos na mesma conta. Foram duas parcelas de R$ 263.532 depositadas nos dias 17 de abril e 21 de setembro de 2001 e mais dois depósitos, cada um no valor de R$ 421.054, efetuados nos dias 25 de outubro e 29 de outubro do mesmo ano. O dinheiro do primeiro depósito feito por Mozer (em 1998) na conta da Confiança saiu do banco HSBC e os outros quatro de uma conta do Banco do Brasil.
A Confiança Factoring, conforme depoimento do ex-gerente-geral das factorings de Arcanjo, Nilson Roberto Teixeira, funcionava como um verdadeiro banco, concedendo empréstimos pessoais a pessoas físicas, em fragrante desrespeito à legislação, que só permite operações das empresas de fomento com pessoas jurídicas. Uma das pessoas beneficiadas com tais empréstimos, segundo Teixeira, que está preso no Pascoal Ramos, foi justamente Hilário Mozer, que recebeu da Confiança R$ 240 mil, conforme consta na sentença assinada pelo juiz Julier no dia 16 de dezembro. Este valor foi repassado a Mozer em três cheques nos valores de R$ 75 mil, R$ 80 mil e R$ 85 mil, debitados na conta da Confiança no dia 15 de fevereiro de 2001.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/374645/visualizar/
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