Vices pretendem sair da sombra

A cultura política brasileira ainda os coloca como coadjuvantes, apesar de não serem tão raros os casos em que são chamados a cumprir as tarefas de responsabilidade do titular. A menos de 30 dias para as eleições municipais, parte dos concorrentes a vice na Capital, apesar de marcarem presença ao lado do cabeça de chapa em atividades de campanha, ainda têm como tímidas suas presenças na memória do eleitor(ver quadro à direita).

O atual prefeito, Roberto França (PPS), nos sete anos e nove meses de mandato, não chegou a ser substituído pelos vices em nenhum momento.

Antes das duas administrações do socialista, o cargo de prefeito foi assumido pelo vice pela última vez em 1995. O então prefeito Dante de Oliveira deixou o cargo, após ser eleito governador do Estado, cedendo a vaga para seu vice, coronel Meirelles, que governou até 1996. Durante esses dois anos, devido a uma licença médica, Meirelles foi substituído pelo presidente da Câmara Municipal, hoje deputado estadual Carlos Brito (sem partido).

Com remuneração atual de R$ 9 mil, o prefeito, constitucionalmente, delega ao vice (remuneração de R$ 4,5 mil) atribuições que resultam na necessidade de ser montada uma estrutura mínima de gabinete. Atualmente, no Alencastro, o gabinete do vice, no 7º andar do prédio, está desativado em função do acúmulo de funções de Luiz Soares, vice de França e secretário de Saúde, que despacha na sede da Fusc.