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20 córregos levam lixo para o rio
Na capital, pequenos cursos d’água carregam toda sorte de entulho e esgoto, elevando a poluição do Cuiabá
Em Cuiabá existem 20 córregos e riachos com necessidade de recuperação. Sujos pelo esgoto, entulho e o lixo jogado pela própria população, esses córregos contribuem para a poluição do rio Cuiabá, que abastece toda a cidade. Além do impacto e degradação ambiental, uma das consequências é a geração de ambientes insalubres com baixa qualidade de vida.
O mau cheiro e a proliferação de mosquitos são algumas das principais reclamações das pessoas que moram nas proximidades dos córregos que cortam a capital. A água parada e suja, por exemplo, é um ambiente propício para a proliferação do mosquito culix. Porém a poluição pode afetar a saúde dos moradores de diversas maneiras.
A dona de casa Maria José Ramos Messias, 31 anos, mora a cerca de 20 metros do córrego Barbado, no Renascer, bairro que surgiu há sete anos de uma invasão e que não possui saneamento básico. Ela conta que frequentemente os dois filhos - Marcelo de 8 anos e Gabriel de 3 - apresentam sintomas de verminose. “Meu filho mais velho está sempre reclamando que não quer comer e sempre range os dentes”, comenta Maria José, afirmando que ela própria já teve problemas de pele. “Acho que era impigem ou bicho geográfico”, disse.
A situação da dona Maria Messias é agravada ainda mais porque a menos de dois metros da porta de sua casa passa um córrego que vem desde o bairro vizinho, o 21 de Abril, e que carrega dejetos de todos os moradores que vivem acima de sua residência. “É uma situação muito difícil porque você não tem como controlar as crianças toda hora para impedir que elas fiquem descalças ou brinquem em lugar sujo”, ressalta dona Maria Messias.
Em alguns bairros não são poucos os casos de verminoses atendidos pelos centros de saúde. Embora não tenha um levantamento, segundo a gerência do Centro de Saúde do bairro Canjica, por onde também passa o Barbado, é alto o índice de atendimento de crianças com infecção intestinal provocada por vermes.
Já para a dona de casa Cremilda Zama Quezonmare, 32 anos, também moradora do Renascer, o maior problema é mau cheiro, provocado pelo esgoto e o lixo. “À noite tem muito mosquito, ninguém agüenta”, afirma.
De acordo com o secretário de Serviços Urbanos de Cuiabá, Adejaime Ramos, não há um levantamento da quantidade de lixo que é retirado dos córregos e rios da cidade.
Porém ele faz questão de ressaltar que “ruas, córregos e terrenos baldios não são lugares para se jogar lixo”. “Até porque hoje Cuiabá não tem problemas de coleta”, afirma. “A cidade limpa não é aquela que mais se limpa, mas a que menos se suja”, acrescenta.
Segundo Ramos, sacolas e garrafas plásticas são os tipos de lixo mais jogados nos córregos. Além de destacar que há necessidade da colaboração da população, Ramos destaca que a Secretaria tem desenvolvido trabalhos de educação ambiental conscientizando sobre os riscos de se jogar entulho em qualquer lugar e de como acondicionar melhor o resíduo doméstico.
Ramos reconhece, porém, que há córregos que precisam ser limpos. Trabalho que, segundo ele, deverá ser realizado em breve e começará por córregos como o Barbado, 8 de Abril e Gambá. Este último nas proximidades da avenida Carmindo de Campos, por exemplo, está tomando pelo mato e lixo.
De acordo com o engenheiro sanitarista e chefe de operação e manutenção de esgoto da Agência de Saneamento da Capital (Sanecap), João Batista Xavier, 52% da capital possui rede coletora de esgoto. Desse percentual, 76% é tratado.
Porém ele afirma que todas as casas devem ter fossa séptica, o que segundo ele, capta 70% do esgoto bruto. O restante vai para os córregos, que respondem pela maior parte dos dejetos ou detritos que são despejados no rio Cuiabá.
Em Cuiabá existem 20 córregos e riachos com necessidade de recuperação. Sujos pelo esgoto, entulho e o lixo jogado pela própria população, esses córregos contribuem para a poluição do rio Cuiabá, que abastece toda a cidade. Além do impacto e degradação ambiental, uma das consequências é a geração de ambientes insalubres com baixa qualidade de vida.
O mau cheiro e a proliferação de mosquitos são algumas das principais reclamações das pessoas que moram nas proximidades dos córregos que cortam a capital. A água parada e suja, por exemplo, é um ambiente propício para a proliferação do mosquito culix. Porém a poluição pode afetar a saúde dos moradores de diversas maneiras.
A dona de casa Maria José Ramos Messias, 31 anos, mora a cerca de 20 metros do córrego Barbado, no Renascer, bairro que surgiu há sete anos de uma invasão e que não possui saneamento básico. Ela conta que frequentemente os dois filhos - Marcelo de 8 anos e Gabriel de 3 - apresentam sintomas de verminose. “Meu filho mais velho está sempre reclamando que não quer comer e sempre range os dentes”, comenta Maria José, afirmando que ela própria já teve problemas de pele. “Acho que era impigem ou bicho geográfico”, disse.
A situação da dona Maria Messias é agravada ainda mais porque a menos de dois metros da porta de sua casa passa um córrego que vem desde o bairro vizinho, o 21 de Abril, e que carrega dejetos de todos os moradores que vivem acima de sua residência. “É uma situação muito difícil porque você não tem como controlar as crianças toda hora para impedir que elas fiquem descalças ou brinquem em lugar sujo”, ressalta dona Maria Messias.
Em alguns bairros não são poucos os casos de verminoses atendidos pelos centros de saúde. Embora não tenha um levantamento, segundo a gerência do Centro de Saúde do bairro Canjica, por onde também passa o Barbado, é alto o índice de atendimento de crianças com infecção intestinal provocada por vermes.
Já para a dona de casa Cremilda Zama Quezonmare, 32 anos, também moradora do Renascer, o maior problema é mau cheiro, provocado pelo esgoto e o lixo. “À noite tem muito mosquito, ninguém agüenta”, afirma.
De acordo com o secretário de Serviços Urbanos de Cuiabá, Adejaime Ramos, não há um levantamento da quantidade de lixo que é retirado dos córregos e rios da cidade.
Porém ele faz questão de ressaltar que “ruas, córregos e terrenos baldios não são lugares para se jogar lixo”. “Até porque hoje Cuiabá não tem problemas de coleta”, afirma. “A cidade limpa não é aquela que mais se limpa, mas a que menos se suja”, acrescenta.
Segundo Ramos, sacolas e garrafas plásticas são os tipos de lixo mais jogados nos córregos. Além de destacar que há necessidade da colaboração da população, Ramos destaca que a Secretaria tem desenvolvido trabalhos de educação ambiental conscientizando sobre os riscos de se jogar entulho em qualquer lugar e de como acondicionar melhor o resíduo doméstico.
Ramos reconhece, porém, que há córregos que precisam ser limpos. Trabalho que, segundo ele, deverá ser realizado em breve e começará por córregos como o Barbado, 8 de Abril e Gambá. Este último nas proximidades da avenida Carmindo de Campos, por exemplo, está tomando pelo mato e lixo.
De acordo com o engenheiro sanitarista e chefe de operação e manutenção de esgoto da Agência de Saneamento da Capital (Sanecap), João Batista Xavier, 52% da capital possui rede coletora de esgoto. Desse percentual, 76% é tratado.
Porém ele afirma que todas as casas devem ter fossa séptica, o que segundo ele, capta 70% do esgoto bruto. O restante vai para os córregos, que respondem pela maior parte dos dejetos ou detritos que são despejados no rio Cuiabá.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/375068/visualizar/
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