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Meio Ambiente
Segunda - 06 de Setembro de 2004 às 11:02

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Mais uma vez o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (60 quilômetros de Cuiabá) está em chamas. Desde quinta-feira (2), 28 brigadistas estão tentando controlar o fogo que já consumiu boa parte da Área de Proteção Ambiental (APA) do parque. A extensão queimada ainda não foi calculada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O fogo, que começou na região do Arraial do Freitas, na área do Coxipó do Ouro, se espalhou e já alcançou o ponto turístico conhecido como Portão do Inferno.

O coordenador do Prevfogo do Ibama, Romildo Gonçalves, explicou que os brigadistas tentaram evitar que o fogo chegasse até a área do parque mas devido aos ventos e a vegetação estar seca, a queimada se espalhou facilmente. “O fogo está vindo de área de fora do parque, da região do balneário do Coxipó do Ouro”, completou.

Romildo salientou que já entrou em contato com a direção do combate à queimadas em Brasília para que seja remanejado o helicóptero que está em Alta Floresta para a região do parque, assim como já recrutou 20 brigadistas que estão no Pantanal, para ajudarem no combate ao fogo em Chapada.

Para Romildo, a queimada que está acontecendo mais uma vez no Parque de Chapada dos Guimarães é conseqüência da imprudência de parte da população. “A falta de consciência da população é o x da questão. Infelizmente, por mais que a gente faça campanhas, as pessoas não aprendem”, alertou Romildo.

Ele explicou que uma de suas preocupações é sobre o feriado prolongado, que fará com que o Parque receba mais pessoas e com isso aumente as chances de aparecimento de novos focos em locais diferentes. “É preciso que as pessoas tenham bom senso e não façam fogueiras, não joguem cigarro acesso na vegetação e também não deixem jogado nada que possa emanar calor e ocasionar uma queimada. É preciso ter responsabilidade”, completou.

Histórico

No ano passado, praticamente não houve fogo no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Diferente dos anos anteriores que preocuparam especialistas, principalmente do Ibama.

Em 2002, cerca de 60 hectares do Parque foram destruídos pelo incêndio florestal que atingiu a região em dois dias.

As chamas se alastraram desde a Salgadeira até grandes propriedades próximas e os paredões do Portão do Inferno. Naquele ano, cerca de 100 hectares do Parque Nacional foram atingidos por queimadas produzidas pela ação do homem.

No ano de 2001, cerca de 9 mil hectares do parque foram destruídos, totalizando aproximadamente 25% da área total. A área que o fogo destruiu naquele ano é a maior dos últimos cinco anos. Em 99, até então considerado um dos piores anos, menos de 6 mil hectares foram queimados. Em 2000, foram menos de 200 hectares, nem 3% do que queimado em 2001.




Fonte: Folha do Estado

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