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Campos Neto "Decisão foi por causa do meu pai"
Visivelmente abatido, o deputado Campos Neto (PFL) revelou ontem, em entrevista para A Gazeta, um dia após formular a renúncia de sua candidatura a prefeito de Várzea Grande, que se considera vítima do processo. Conta que tomou a decisão devido às circunstâncias políticas, em nome dos 104 candidatos a vereador pela coligação e também após consultar a família, principalmente seu pai Ary Leite de Campos, ex-deputado e atual presidente do Tribunal de Contas do Estado.
"A decisão foi por causa do meu pai. Estava havendo muito desgaste em cima dele. Levantaram até coisas que aconteceram há 10 anos".
Campos Neto se referia à investigação judicial por suposto crime de peculato (desvio de dinheiro público) contra Ary que ganharam espaço na imprensa no último dia 24.
O Superior Tribunal de Justiça havia emitido uma Carta de Ordem para o juiz federal Julier Sebastião da Silva intimar o conselheiro para se defender. Na denúncia, o Ministério Público Federal sustenta que Ary facilitou a apropriação de recursos públicos pela então prefeita de Rosário Oeste, Beatriz Canavarros. Ele teria emitido um cheque em favor de Norma Suely Félix, mulher do vice-prefeito à época, e contra o extinto Banco do Estado (Bemat). O objetivo de Ary, segundo o MPF, era quitar uma dívida da prefeita.
Em nota, o conselheiro se revelou surpreso com a denúncia e disse que as acusações são demonstração de retaliação política. "Não posso deixar de registrar minha surpresa com o fato de que, após passados quase 10 anos, apareça uma denúncia deste tipo, sem qualquer fundamento jurídico, como já dito pelo Tribunal de Justiça, no momento em que meu filho concorre a Prefeitura de Várzea Grande, numa clara demonstração de retaliação política", citou Ary Leite, na nota oficial, emitida semana passada.
Segundo Campos Neto, a opção pela renúncia, além de buscar preservar sua família de armações, também foi motivada "por pedidos de pessoas mais próximas e de presidentes dos partidos aliados no sentido de proporcionar, com a mudança, um novo ânimo na candidatura governista.
"Estava disposto a ir em frente. Mas, como ocorreram pedidos de companheiros e dos presidentes de partidos no sentido de dar reaquecimento (à campanha) fui solidário", destacou. "Fiz (pedido de renúncia) pensando nos 104 candidatos a vereador".
Neto revela ainda que decidiu recuar da disputa à sucessão no segundo maior município mato-grossense às 17 horas de anteontem, durante reunião restrita com sua família da qual o primo e prefeito Jaime Campos não participou. "Foi uma decisão difícil porque era um sonho de, aos 30 anos, administrar a cidade. Devido às circunstâncias políticas, achei melhor me afastar e me dedicar à reeleição (em 2006)". Ex-vereador, Campos Neto foi presidente da Câmara Municipal e, em 2002, se elegeu deputado com 24.257 votos.
Apesar da demonstração de abatimento, o pefelista assegura estar tranquilo e garante que vai colaborar com a candidatura do seu substituto no páreo, o vereador e médico Wallace Guimarães, e também visitar outros candidatos a prefeito do Médio-Norte, onde concentra sua base eleitoral. "Estou tranquilo. Várzea Grande tem que escolher o melhor. O doutor Wallace é o melhor".
Campos Neto enfatiza que vai aproveitar o período de licença da Assembléia, que se estende até setembro, para visitar as bases e os amigos. "O importante foi o carinho que recebi nestes dois meses de campanha. Construi uma base de amigos sinceros e verdadeiros aqui. A tendência é aumentar essa simpatia em torno do meu nome".
O deputado evitou comentar sobre divergências com o primo Jaime Campos. Limitou-se a dizer apenas que o prefeito não o pressionou para tomar a decisão. Apesar das evidências, não admitiu que o resultado das pesquisas, apontando-o em desvantagem sobre Murilo Domingos (PPS), tenha motivado à desistência.
Para Neto, a sua campanha foi prejudicada pela falta de apoio político e financeiro. "O importante foi a experiência adquirida, o aprendizado. Conheci o município a fundo, com os seus dados, mapas estatísticos. Hoje, posso dizer que conheço o que é uma administração pública. Me sinto capaz. Temos o melhor plano de governo e se o Wallace vencer, ele vai executar esse plano".
"A decisão foi por causa do meu pai. Estava havendo muito desgaste em cima dele. Levantaram até coisas que aconteceram há 10 anos".
Campos Neto se referia à investigação judicial por suposto crime de peculato (desvio de dinheiro público) contra Ary que ganharam espaço na imprensa no último dia 24.
O Superior Tribunal de Justiça havia emitido uma Carta de Ordem para o juiz federal Julier Sebastião da Silva intimar o conselheiro para se defender. Na denúncia, o Ministério Público Federal sustenta que Ary facilitou a apropriação de recursos públicos pela então prefeita de Rosário Oeste, Beatriz Canavarros. Ele teria emitido um cheque em favor de Norma Suely Félix, mulher do vice-prefeito à época, e contra o extinto Banco do Estado (Bemat). O objetivo de Ary, segundo o MPF, era quitar uma dívida da prefeita.
Em nota, o conselheiro se revelou surpreso com a denúncia e disse que as acusações são demonstração de retaliação política. "Não posso deixar de registrar minha surpresa com o fato de que, após passados quase 10 anos, apareça uma denúncia deste tipo, sem qualquer fundamento jurídico, como já dito pelo Tribunal de Justiça, no momento em que meu filho concorre a Prefeitura de Várzea Grande, numa clara demonstração de retaliação política", citou Ary Leite, na nota oficial, emitida semana passada.
Segundo Campos Neto, a opção pela renúncia, além de buscar preservar sua família de armações, também foi motivada "por pedidos de pessoas mais próximas e de presidentes dos partidos aliados no sentido de proporcionar, com a mudança, um novo ânimo na candidatura governista.
"Estava disposto a ir em frente. Mas, como ocorreram pedidos de companheiros e dos presidentes de partidos no sentido de dar reaquecimento (à campanha) fui solidário", destacou. "Fiz (pedido de renúncia) pensando nos 104 candidatos a vereador".
Neto revela ainda que decidiu recuar da disputa à sucessão no segundo maior município mato-grossense às 17 horas de anteontem, durante reunião restrita com sua família da qual o primo e prefeito Jaime Campos não participou. "Foi uma decisão difícil porque era um sonho de, aos 30 anos, administrar a cidade. Devido às circunstâncias políticas, achei melhor me afastar e me dedicar à reeleição (em 2006)". Ex-vereador, Campos Neto foi presidente da Câmara Municipal e, em 2002, se elegeu deputado com 24.257 votos.
Apesar da demonstração de abatimento, o pefelista assegura estar tranquilo e garante que vai colaborar com a candidatura do seu substituto no páreo, o vereador e médico Wallace Guimarães, e também visitar outros candidatos a prefeito do Médio-Norte, onde concentra sua base eleitoral. "Estou tranquilo. Várzea Grande tem que escolher o melhor. O doutor Wallace é o melhor".
Campos Neto enfatiza que vai aproveitar o período de licença da Assembléia, que se estende até setembro, para visitar as bases e os amigos. "O importante foi o carinho que recebi nestes dois meses de campanha. Construi uma base de amigos sinceros e verdadeiros aqui. A tendência é aumentar essa simpatia em torno do meu nome".
O deputado evitou comentar sobre divergências com o primo Jaime Campos. Limitou-se a dizer apenas que o prefeito não o pressionou para tomar a decisão. Apesar das evidências, não admitiu que o resultado das pesquisas, apontando-o em desvantagem sobre Murilo Domingos (PPS), tenha motivado à desistência.
Para Neto, a sua campanha foi prejudicada pela falta de apoio político e financeiro. "O importante foi a experiência adquirida, o aprendizado. Conheci o município a fundo, com os seus dados, mapas estatísticos. Hoje, posso dizer que conheço o que é uma administração pública. Me sinto capaz. Temos o melhor plano de governo e se o Wallace vencer, ele vai executar esse plano".
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/375175/visualizar/
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