Formad defende a criação de centros de pesquisas

Ao listar as inúmeras sugestões que compõem o projeto de Zoneamento Sócio-Econômico-Ecológico (ZSEE), discutido na Assembléia Legislativa, o secretário de Planejamento, Yênes Magalhães disse que a proposta não é proibitiva, ela sugere entre outros indicadores, as potencialidades e vulnerabilidade de cada região do Estado. Entre as ações mais urgentes, o coordenador geral do Fórum de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), José Vicente Puhl defendeu que a administração pública em parceria com o governo federal e a iniciativa privada invista na instalação de Centros de Pesquisas de Práticas Agroecológicas direcionados para a pesquisa e desenvolvimento de fertilizantes não químicos visando a conservação do solo e da água.

“Precisamos de um centro que nos apresente a prática de uma agricultura que não agrida o meio ambiente. As pesquisas vão contribuir na preservação da nossa riqueza”.

Puhl disse que após estudo aprofundado do projeto, a Formad vai propor alterações. “O projeto é polêmico, mas se todos se empenharem é possível tornar o desenvolvimento sustentável”, afirmou, ao lembrar que a idéia é a de formular modelos para a agricultura, turismo, urbanização de maneira que as regras preservem o meio ambiente.

“Depois de 12 anos o governo começa a discutir o zoneamento ambiental que vai orientar a forma correta de desenvolvimento sustentável”, frisou, ao alertar que o plantio dos produtos transgênicos elimina todas as riquezas do solo e pode provocar um deserto futuramente.

Volante Ambiental

Ao afirmar que o estudo é um marco histórico na questão ambiental de Mato Grosso, o juiz José Zurquin Nogueira do Juizado Volante Ambiental disse que o zoneamento vai proporcionar contornos para desenvolvimento de Mato Grosso.

Zuquim explicou que com a implantação da proposta, o desenvolvimento sócio-econômico vai proporcionar melhoria na qualidade de vida da população. “O estudo ambiental é o mesmo que estar dentro de uma casa e organizá-la para ver o tipo de moradia que a gente quer com planejamento”.

Ele também argumentou que os magistrados da Vara do Meio Ambiente estão juntos na busca por soluções que culminem no desenvolvimento sustentável de Mato Grosso.“Acima de tudo como cidadão para ouvir e apresentar sugestões para que o estudo seja levado adiante”, concluiu.