Fiscalização irrita madeireiros, que fazem ameaças
Os madeireiros acusam o Ibama de agir com excessivo rigor, aplicando multas e apreendendo equipamentos, além de engavetar seus projetos de manejo. Afirmam também que o setor está paralisado, apesar de responder por 30% da geração de emprego somente em Itaituba.
Os prejuízos, alegam, são grandes, repercutindo diretamente na economia de todos os municípios da região. A crise e a ameaça de desemprego fizeram cair as vendas e aumentar a inadimplência no comércio.
A sede do Ibama na cidade está protegida desde ontem por policiais militares e rodoviários federais, principalmente depois do surgimento de boatos de que o local poderia ser incendiado. As manifestações contra o Ibama seriam comandadas pelo candidato a prefeito de Itaituba, Walmir Clímaco (PMDB), multado em mais de R$ 1 milhão por desmatamento ilegal, e Osmar Ferreira, conhecido como o "rei do mogno" na Amazônia.
Clímaco foi citado na CPI do Narcotráfico da Câmara Federal como ligado ao crime organizado. O prefeito de Trairão, Ademar Baú (PMDB), também é um dos líderes do protesto, porque teve três máquinas de seu município apreendidas pelos fiscais por estar operando dentro da Floresta Nacional de Itaituba sem autorização.
A chefe do escritório do Ibama na cidade, Lívia Passos, informou que a fiscalização não será suspensa: "O que estamos fazendo é cumprir a lei."
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