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Cultura
Quarta - 18 de Agosto de 2004 às 10:38

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O Programa para Conservação da Biodiversidade nos Sítios do Patrimônio Mundial Natural do Brasil procura educar as populações que vivem em torno dessas localidades e discutir com elas alternativas de sustentabilidade, afirmou nesta quarta-feira a diretora de Ecossistemas do Ibama, Cecília Ferraz, ao programa NBr Manhã, da TV a cabo da Radiobras.

Os sítios mundiais culturais são reconhecidos pela Unesco e pelas Nações Unidas, e são áreas especiais, de relevante interesse de biodiversidade, disse Cecília Ferraz. "São áreas que contêm tantos espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção e que preservam características muito próximas de belezas cênicas, como hoje nós temos o Parque do Iguaçú".

No Brasil, existem sete sítios de patrimônio mundial natural - o Parque Nacional do Jaú, na Amazônia; o Parque Nacional do Iguaçú, no Paraná; a Costa do Descobrimento, parte da mata atlântica na região Sudeste; o Pantanal, em Mato Grosso, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional das Emas, também áreas de cerrado, e as Ilhas Oceânicas de Fernando de Noronha e Atol da Rocas.

Segundo a diretora do Ibama, um dos pontos mais relevantes do programa, lançado há 12 dias, é que esse sítios passam a ser tratados não só com as unidades de conservação. Também passa a ser considerada toda a populaçao que vive em torno dessas áreas protegidas, "porque ao mesmo tempo que é um grande privilégio as pessoas morarem em torno de uma área rica de biodiversidade, muitas vezes essas pessoas ficam sem alternativas de sobrevivência".

"Com esse projeto, estamos discutindo com a populaçao não só programas de educação ambiental, para conscientização dessa maravilha, desse patrimônio ambiental que o Brasil tem, mas também alternativas de projetos de sustentabilidade", afirmou. Cecília Ferraz destacou, como exemplo, o Parque Nacional do Iguaçú, que é o mais visitado no Brasil. São mais de 1 milhão de visitantes por ano, sendo que mais de 60% são visitantes estrangeiros.

Segundo Cecília Ferraz, acontecia que esses visitantes ficavam dois ou três dias visitando as cataratas, em um turismo contemplativo, e iam embora. "Com o desenvolvimento do ecoturismo no entorno, o que nós estamos querendo fazer é que o visitante fique mais ali na região do parque, conhecendo o entorno e possibilitando renda para os proprietários que moram ao lado dessa riqueza", afirmou.




Fonte: Agência Brasil

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