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Politica Brasil
Terça - 17 de Agosto de 2004 às 10:42
Por: ADILSON ROSA

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O laudo de balística da pistola apreendida com ele revela que Hércules participou da execução do empresário e piloto de avião Carlos Simão de Lima, de 52 anos, assassinado com dois tiros de pistola 9 milímetros quando chegava na casa de sua sogra, no CPA IV, em Cuiabá, no dia 2 de dezembro de 2000.

Essa mesma pistola seria usada posteriormente na execução do sargento José Jesus de Freitas, morto no final de abril de 2002, crime que o PM confessou ter cometido.

O exame que chegou ontem à mesa do delegado Massao Ohara, adjunto da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), comprova que os projéteis retirados do cadáver de Lima saíram da pistola pertencente a Hércules.

Uma das suspeitas para a motivação do crime seria alguma dívida contraída pelo piloto, preso anteriormente com um carregamento de 43 quilos de cocaína num avião numa fazenda no município de Nova Guarita. O piloto era irmão de Sidnon Simão de Lima, preso em 1999 com 150 quilos de cocaína.

Segundo policiais da DHPP, Hércules havia negado a participação nesse crime, mas como a prova é contundente, ele será indiciado como executor do assassinato. Os policiais acreditam que Hércules poderá revelar o que sabe. O ex-cabo era o pistoleiro que atuava para o crime organizado em Mato Grosso. Ele confessou ter assassinado o empresário Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado.

No dia do assassinato do piloto, testemunhas disseram que os projéteis que o acertaram foram disparados por dois homens que ocupavam uma motocicleta. Eles atiraram três vezes e acertam duas, atingindo a cabeça da vítima. Os pistoleiros, então, fugiram em alta velocidade. “Essa é característica do Hércules”, observou um policial plantonista.

A precisão dos tiros deixou os policiais impressionados. Foi uma execução de pistoleiro profissional. Foram tiros precisos. O piloto havia estacionado o veículo e se preparava para abrir a porta quando foi executado.

Lima estava aguardando a liberação do avião Bonanza, um monomotor que se encontra apreendido pela Justiça Federal. O avião foi apreendido junto com 43 quilos de cocaína encontrada pela PF no dia 18 de fevereiro daquele ano, em Nova Guarita, no nortão do Estado. Na ocasião, foram presos os traficantes Rildo Tenório, Jorge Mota Graça, Renato Rena de Carvalho e dois pilotos.

Já o irmão do piloto, Sidnon Simão de Lima, foi condenado a 17 anos de prisão por tráfico de drogas. Em outubro de 1999, ele foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF) com cerca de 150 quilos de cocaína escondidos num quarto de sua fazenda em Chapada dos Guimarães, onde também foi encontrado um avião.




Fonte: Diário de Cuiabá

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