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Meio Ambiente
Segunda - 29 de Outubro de 2012 às 16:17

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A Agência Internacional de Energia (AIE) apresentou nesta segunda-feira (29) uma série de recomendações para dobrar a produção de energia hidrelétrica no mundo até 2050, com o objetivo de limitar as emissões de gases que provocam o efeito estufa e conter o aquecimento do planeta.

Em 2010, as fontes hídricas geraram 16,3% da energia consumida no mundo, quase 3.500 terawatts (TWh), recordou a AIE, agência com sede na França ligada à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em um mapa do caminho divulgado no congresso Hidro 2012, que acontece até quarta-feira (31) em Bilbao, norte da Espanha.

Esta produção supera a energia nuclear (12,8%), o que faz desta a primeira fonte renovável de energia elétrica, muito à frente da eólica, solar, geotérmica e outras energias renováveis (3,6%).

Mas é relativamente pouco na comparação com as energias fósseis (petróleo, carvão e gás), que asseguram 67% da produção mundial de eletricidade. Para duplicar a capacidade e a produção hidrelétrica até 2050, a agência pediu o fim dos obstáculos legais e que a energia seja melhor aceita.
 

Usina Hidrelétrica Santo Antônio começou a gerar energia em março deste ano (Foto: Santo Antônio Energia/Divulgação)
Usina Hidrelétrica Santo Antônio, construída em Rondônia, que começou a gerar energia em março deste ano (Foto: Santo Antônio Energia/Divulgação)

 

Também defende a modernização e aumento da capacidade das usinas existentes com mais turbinas. A AIE sugere uma série de ações governamentais como a adoção de planos de desenvolvimento nacionais, maior cooperação entre as fronteiras ao redor das grandes bacias fluviais, simplificação dos processo administrativos, entre outros.

A agência faz recomendações em termos de aceitação ambiental e social, ponto fraco da energia hídrica. As represas são geralmente rejeitadas pelas consequências para a fauna e a flora, assim como para as populações próximas.

A AIE não oferece respostas milagrosas para o dilema e sugere "evitar tanto quanto possível os impactos negativos e "quando for impossível evitá-los, que sejam minimizados, atenuados ou compensados".






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