Em 2010, as fontes hídricas geraram 16,3% da energia consumida no mundo, quase 3.500 terawatts (TWh), recordou a AIE, agência com sede na França ligada à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em um mapa do caminho divulgado no congresso Hidro 2012, que acontece até quarta-feira (31) em Bilbao, norte da Espanha.
Esta produção supera a energia nuclear (12,8%), o que faz desta a primeira fonte renovável de energia elétrica, muito à frente da eólica, solar, geotérmica e outras energias renováveis (3,6%).
Mas é relativamente pouco na comparação com as energias fósseis (petróleo, carvão e gás), que asseguram 67% da produção mundial de eletricidade. Para duplicar a capacidade e a produção hidrelétrica até 2050, a agência pediu o fim dos obstáculos legais e que a energia seja melhor aceita.
Usina Hidrelétrica Santo Antônio, construída em Rondônia, que começou a gerar energia em março deste ano (Foto: Santo Antônio Energia/Divulgação)
Também defende a modernização e aumento da capacidade das usinas existentes com mais turbinas. A AIE sugere uma série de ações governamentais como a adoção de planos de desenvolvimento nacionais, maior cooperação entre as fronteiras ao redor das grandes bacias fluviais, simplificação dos processo administrativos, entre outros.
A agência faz recomendações em termos de aceitação ambiental e social, ponto fraco da energia hídrica. As represas são geralmente rejeitadas pelas consequências para a fauna e a flora, assim como para as populações próximas.
A AIE não oferece respostas milagrosas para o dilema e sugere "evitar tanto quanto possível os impactos negativos e "quando for impossível evitá-los, que sejam minimizados, atenuados ou compensados".
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