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Meio Ambiente
Segunda - 16 de Agosto de 2004 às 13:27
Por: Graciele Leite

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Depois de quase três meses de gradativas elevações semanais nas expectativas do mercado financeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) perde fôlego e cai um pouquinho. Ao contrário da semana passada, quando os principais consultores e analistas de mercado apontavam inflação anual de 7,20%, as previsões do atual Boletim Focus caíram para 7,16%, embora ainda distantes do centro da meta oficial, de 5,5%, para a inflação.

Essa troca de sinais decorre, em grande parte, da menor evolução dos preços ao consumidor na capital paulista. Tanto que a perspectiva de IPCA para este mês manteve-se em 0,60%, menor que os 0,91% medidos em julho, embora a projeção para o IPCA de setembro tenha aumentado de 0,51%, na semana passada, para 0,55%. Também caiu um pouco a expectativa de inflação para os próximos doze meses: de 6,40% para 6,18%.

Enquanto a inflação dá sinais de que perde força, a produção industrial mostra números otimistas de crescimento, com perspectiva de crescer 5,95% no ano, contra prognóstico de 5,76% na semana anterior. A previsão eleva a expectativa do Produto Interno Bruto (PIB), de 3,57% há um mês, para 3,79%, na semana passada, e para 3,92% agora; mas mantém a projeção de crescimento de 3,50% em 2005.

As projeções para investimentos estrangeiros diretos mantiveram-se em US$ 10 bilhões neste ano, e US$ 13 bilhões no próximo ano, de acordo com o Boletim Focus. O Banco Central trabalha, porém, com expectativa de entradas de US$ 12 bilhões de investimentos externos no setor produtivo até o final do ano.

Não houve alteração na expectativa da taxa de câmbio, que deve encerrar o período em R$ 3,10 por dólar, com possibilidade de leve queda no ano que vem, quando a projeção anterior, de R$ 3,25 deve cair para R$ 3,20 no fechamento de 2005.

O mercado está mais pessimista, porém, sobre a taxa básica de juros (Selic), que deve permanecer nos atuais 16% ao ano pelo resto de 2004, e a confiança de redução da taxa ao longo de 2005 também cai. No mês passado, o mercado acreditava que a Selic cairia para 14% no ano que vem; essa confiança “soluçou” para 14,25% na semana passada, e agora foi para 14,75%.




Fonte: Agência Brasil

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