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Meio Ambiente
Segunda - 16 de Agosto de 2004 às 11:06
Por: LANA MOTTA

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Visando inserir Mato Grosso num filão de mercado que movimenta nos Estados Unidos cerca de US$ 40 bilhões/ano, na Argentina US$ 3 bilhões/ano e no Brasil algo em torno de R$ 2 a R$ 3 bilhões/ano, a Secretaria de Turismo de Mato Grosso e empresários do setor de pesca esportiva estadual participaram em São Paulo, de 11 a 15 deste mês, da 3ª Brasil Fishing Show, maior feira de pesca esportiva do país.

Criado este ano pelo Governo, o 1º Campeonato Estadual de Pesca de Mato Grosso (1º CEP-MT), foi apresentado no evento às lideranças e técnicos do Ministério do Turismo, Embratur, PNDPA (Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora) e CEPTA (Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros Continentais).

"Ficamos recompensados com a receptividade ao projeto. Nossa meta é aprimorar o evento buscando a orientação desses especialistas que são as maiores autoridades nacionais do setor", considerou a secretária estadual de Turismo, Yêda Marli de Oliveira Assis.

Consultor do PNDPA e da revista Pesca Esportiva, Roald Andreatta aprova a criação do campeonato mato-grossense, apontando Mato Grosso como referência de pesca esportiva em qualquer lugar do Brasil. "Os peixes mais cobiçados do mundo - dourado, pintado, cachara e pacu -, estão nas águas de Mato Grosso", disse. Sugerindo inovações ao regulamento, entre elas o descarte de algumas etapas para a contagem de pontos, ele cita a pesca esportiva como o melhor caminho para proteger a natureza, pois gera consciência ambiental e riquezas.

Durante uma temporada de pesca esportiva no Rio Amazonas, Andreatta e outros especialistas dividiram os gastos em reais pelos quilos de peixe capturados pelos turistas. O resultado aponta a lucratividade da pesca, na qual para cada quilo de peixe, os turistas desembolsaram R$ 56. A receita gerada foi 22 vezes maior que a dos mercados da região, onde o peixe era vendido a R$ 2,50/kg.

SOLTURA - Dados extra-oficiais indicam ainda que, após a soltura, a incidência de mortalidade nos peixes é insignificante. No tucunaré, quando manuseado corretamente, é inferior a 6%. Nos peixes de couro, considerados mais resistentes, esse índice é ainda menor.

Ian Sulocki, consultor do PNDPA e empresário de pesca esportiva, defende que os campeonatos de pesca esportiva aquecem o comércio e que, com um regulamento bem feito, trazem benefícios ao meio ambiente. "Os campeonatos de pesca mobilizam os pescadores que podem ser conscientizados para as inúmeras vantagens da tática de pescar e soltar", considerou.

Laerte Batista de Oliveira Alves, coordenador do CEPTA, incentiva a atividade e apóia a iniciativa do Governo. "O CEPTA apóia e executa ações para o fortalecimento da pesca esportiva. Até o final do ano divulgaremos resultados oficiais de pesquisas de laboratório que apontam baixíssimos índices de mortalidade após a soltura dos peixes", afirmou.

1º CEP-MT - O 1º Campeonato Estadual de Pesca de Mato Grosso foi criado com a finalidade de alavancar o turismo, proporcionar lazer e divulgar técnicas de sustentabilidade, garantindo a sobrevivência e o progresso das populações ribeirinhas. Dezesseis municípios participam do circuito que teve a sétima etapa realizada em Barra do Garças, região do Araguaia, no final de semana. A final do campeonato está marcada para 19 de setembro, em Pontes e Lacerda.

"A pesca é milenar. O papel do Estado é promovê-la como atividade esportiva e sustentável econômica, social e ambientalmente", concluiu a secretária Yêda Assis.




Fonte: Sedtur-MT

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