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Nacional
Sexta - 13 de Agosto de 2004 às 11:23

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As empresas ligadas à produção de ferro que atuam na região Norte e entidades representativas da sociedade civil organizada celebram hoje um compromisso pelo fim do trabalho escravo na produção de carvão vegetal. “Esta iniciativa mostra uma preocupação e um comprometimento deste setor com a sociedade brasileira. É uma iniciativa merecedora de todo crédito”, disse a coordenadora do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Patrícia Audi, ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM.

Segundo Patrícia Audi, no Brasil ainda existem cerca de 25 mil pessoas trabalhando em condições de escravidão. "A escravidão contemporânea difere-se da escravidão tradicional, pois hoje em dia a escravidão independe de cor e de raça", enfatizou. Ela relatou que os trabalhadores são aliciados nos municípios mais carentes do país e são levados para trabalhar em fazendas distantes. Por terem que pagar a viagem, as roupas, a alimentação e a moradia aos empregadores, não conseguem se livrar das dívidas para ir embora. Como a maioria dessas fazendas são muito distantes dos municípios de origem desses trabalhadores, eles não conseguem fugir, pois não têm dinheiro para a viagem. Há também a presença de capangas armados que dificultam a fuga desses trabalhadores.




Fonte: Agência Brasil

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