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Cultura
Quinta - 05 de Agosto de 2004 às 12:51
Por: Alessandra Bastos

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Brasília - Pela primeira vez, um representante do governo federal irá fazer parte do conselho da Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, empresa brasileira que organiza a Bienal Mercosul. José do Nascimento Júnior é diretor do Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e foi indicado pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil. “O Mercosul é uma questão estratégica para o Brasil. Agora, os objetivos da Bienal estarão mais próximos dos objetivos do ministério e vamos poder potencializar políticas”, afirma José Nascimento.

O diretor já havia trabalhado em edições passadas da Bienal e agora “poderá participar de decisões estratégicas e ajudar no diálogo com representantes de outros países”, explica o presidente da Fundação, Elvaristo Teixeira do Amaral.

O novo membro afirma que o Brasil vem ajudando a consolidar e acelerar um “projeto difícil que é a questão cultural no Mercosul”, aponta. As dificuldades, segundo José do Nascimento, estão em fazer com que “a gestão dos países esteja focada para esse trabalho articulado”. Para ele, a Bienal tem a importância de “utilizar o Brasil para estimular outros povos”, ressalta.

Os trabalhos para a 5ª edição da Bienal do Mercosul - que será realizada de 16 de setembro a 20 de novembro de 2005 – já começaram com a escolha do curador Paulo Sergio Duarte. Cada país elege um curador e apresenta propostas de trabalho ao brasileiro, que tem a função de organizar o trabalho. A Bienal é toda organizada pela empresa brasileira e, apesar do nome, países latinos americanos que não fazem parte do Mercosul, também participam das mostras.

A primeira edição da Bienal, em 1997, reuniu sete países e teve 285 mil visitantes. Em 2003, foram 13 países e mais de um milhão de visitantes, somando R$ 8 milhões em investimentos. Todas as edições reuniram 527 artistas de dezessete países. O Brasil, por meio da Bienal, tem o “papel de aproximar os povos da América Latina e buscar a identidade da América latina”, afirma Elvaristo Teixeira.

A Bienal é sempre realizada em Porto Alegre. Mostras itinerantes levam os trabalhos para São Paulo e Rio de Janeiro. A idéia da Fundação é, no próximo ano, levar as exposições a outros estados. “Isso projeta o Brasil no campo das artes, como grande pólo cultural”, ressalta o presidente da Fundação.

O tema do ano passado foi “A arte não responde. Pergunta”. O slogan de 2005 ainda não está definido, mas o tema irá abordar as experiências contemporâneas de espaço materializadas em obras de arte. “Pretendo organizar uma mostra que não obedeça a fronteiras políticas e geográficas, em que os limites da Bienal sejam as questões de linguagem das obras”, disse Paulo Sergio, no momento da sua escolha como curador.




Fonte: Agência Brasil

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